Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos no mar do Japão, diz Seul
O Estado-Maior sul-coreano disse ter detectado dois mísseis balísticos de curto alcance disparados a partir da cidade costeira de Jangyon entre as 7h41 e as 7h51.
Pyongyang disparou esta terça-feira dois mísseis balísticos de curto alcance para o mar do Japão, disse a Coreia do Sul, um dia após o início das maiores manobras conjuntas de Seul e Washington em cinco anos.
O Estado-Maior sul-coreano disse ter detectado dois mísseis balísticos de curto alcance disparados a partir da cidade costeira de Jangyon, na província de Hwanghae do Sul, no sudeste do país, entre as 7h41 (22h41 de segunda-feira em Portugal) e 7h51.
"As nossas forças armadas aumentaram a vigilância em antecipação a outros lançamentos e estão prontas para intervir no âmbito da estreita cooperação entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos", disse o Estado-Maior Conjunto, num comunicado.
Um segundo comunicado revelou que os mísseis caíram nas águas do mar do Japão depois de voarem cerca de 620 quilómetros.
O Estado-Maior Conjunto disse que a inteligência militar sul-coreana e norte-americana "estão a analisar exaustivamente" os lançamentos para obter mais informação e condenou os lançamentos como graves provocações e uma clara violação de resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse a jornalistas que as autoridades ainda estão a reunir detalhes dos lançamentos norte-coreanos e que não houve relatos imediatos de danos em águas nipónicas. Na segunda-feira, Pyongyang tinha declarado que testara o disparo de dois mísseis de cruzeiro a partir de um submarino.
O lançamento demonstra "a posição invariável" da Coreia do Norte face a uma situação em que "os imperialistas americanos e as forças fantoches sul-coreanas avançam de forma cada vez menos dissimulada nas suas manobras militares” contra Pyongyang, disse a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA.
Estes lançamentos de mísseis norte-coreanos surgem depois de as Forças Armadas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul terem iniciado, também na segunda-feira, as maiores manobras conjuntas no terreno nos últimos anos.