Ministério Público arquiva “apagão” dos offshores e afasta sabotagem informática

Procuradora exclui mão humana com o objectivo de gerar erro no fisco. Inquérito demorou quase seis anos e esteve parado durante algum tempo. Paulo Núncio ilibado da não publicação das estatísticas.

Foto
Cerca de 80% dos 18.200 milhões enviados para offshores de 2011 a 2014 não ficaram registados no fisco Reuters/POOL New

Ao fim de quase seis anos, o Ministério Público arquivou, na última semana, o inquérito ao caso do “apagão fiscal. As autoridades investigavam a origem do erro de processamento das declarações bancárias sobre transferências para offshores realizadas entre 2011 e 2014, pelo facto de uma parte muito significativa das operações comunicadas à administração tributária não ter passado para a base de dados do fisco — dos 18.200 milhões movimentados, mais de 10.000 milhões não ficaram registados, apesar de terem sido declarados pelas instituições financeiras.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.