Salvato Trigo já não é reitor da Universidade Fernando Pessoa

Álvaro do Nascimento substituiu principal rosto da universidade sediada no Porto, que vai continuar a presidir à fundação que está na base da instituição de ensino superior.

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Salvato Trigo numa imagem de arquivo FERNANDO VELUDO/NFACTOS

Álvaro do Nascimento é o novo reitor da Universidade Fernando Pessoa. Este professor de Economia tomou posse a 1 de Março, substituindo no cargo Salvato Trigo. No entanto, o principal rosto da instituição sediada no Porto continua a presidir ao conselho de administração da Fundação Ensino e Cultura Fernando Pessoa, a entidade instituidora da universidade.

O mandato do novo reitor tem a duração de três anos. Álvaro do Nascimento tinha sido designado para o cargo pelo conselho de administração liderado por Salvato Trigo a 25 de Agosto do ano passado, mas só agora, sete meses volvidos, tomou posse.

Nascimento é actualmente professor catedrático convidado da Universidade Fernando Pessoa. Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, mestre em International Trade and Finance pela University of Lancaster (Reino Unido) e doutorado em Finanças pela também britânica Cass Business School, foi investigador na London Business School em assuntos de regulação e concorrência.

Nos últimos anos, a Universidade Fernando Pessoa esteve envolvida em vários processos judiciais relacionados com a sua gestão. Em Abril do ano passado, o Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto condenou a fundação que detém a instituição no Porto a pagar 362 mil euros à Autoridade Tributária, após uma inspecção das Finanças ter detectado há seis anos vários vícios na contabilidade da instituição.

Também visada neste processo foi a sociedade Erasmo – Empreendimentos Educativos, Lda, gerida pelo então reitor da universidade, Salvato Trigo, e pela sua família, que mantinha negócios com a fundação igualmente dirigida por si e para onde, de acordo com duas decisões judiciais, desviou mais de dois milhões de euros. Tal valeu a Salvato Trigo uma pena de prisão suspensa de 13 meses, decretada pelo Tribunal da Relação do Porto em Março de 2021, tendo a Erasmo sido obrigada a pagar ao Estado dois milhões de euros.

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