Portugal qualifica-se para o Europeu de andebol
Selecção nacional confirmou sexta presença consecutiva em grandes competições com triunfo sobre a Macedónia do Norte.
Depois de quase 20 anos fora das grandes competições internacionais, o andebol português passou a ir a todas. Neste domingo a selecção portuguesa garantiu a qualificação para o Europeu do próximo ano, que se vai realizar na Alemanha, ao triunfar em Matosinhos sobre a Macedónia do Norte por 32-27 (15-11 ao intervalo), garantindo desta forma a liderança do Grupo 1 do qual também fazem parte Turquia e Luxemburgo.
O primeiro lugar do agrupamento já não irá fugir à equipa de Paulo Jorge Pereira, que tem o pleno de vitórias nas quatro jornadas já disputadas. Entre 10 e 28 de Janeiro do próximo ano, Portugal irá cumprir a sua oitava presença em Europeus (e terceira consecutiva), tendo até agora como melhor participação no Euro 2020, em que ficou em sexto lugar. Esta é, ainda, a sexta qualificação consecutiva para uma grande competição, todas obtidas nos últimos quatro anos – Euros 2020, 2022 e 2024, Mundiais 2021 e 2023, e Jogos Olímpicos 2021.
Acabou por ser um desfecho mais do que esperado e amplamente celebrado pelos milhares de adeptos portugueses presentes no pavilhão de Matosinhos. Mas nem sempre foi um jogo de sentido único como o resultado sugere. Durante largos períodos da primeira parte, a formação macedónia equilibrou as operações e teve vários momentos à frente do marcador.
A selecção portuguesa não teve uma boa entrada no jogo, sobretudo com falhas na definição ofensiva, e disso a formação balcânica se aproveitou para ganhar um ligeiro ascendente. Nos primeiros minutos até chegou a ter uma vantagem de dois golos (1-3) que só não foi maior porque Gustavo Capdeville estava inspirado na baliza portuguesa.
Não demorou muito Portugal a passar para a frente do encontro, com Iturriza, Miguel Martins e Luís Frade a fazerem a diferença no ataque. Ainda houve algum equilíbrio no resultado, mas Portugal fechou a primeira parte com um parcial de 5-0 (com três golos de Leonel Fernandes) que deixou o jogo bem encaminhado.
Ao contrário do que acontecera no início, a selecção nacional entrou bem na segunda parte, cavando uma diferença que permitiu a Paulo Pereira fazer maior rotatividade no “sete”, apostando ainda em algumas situações de “sete para seis”. E a diferença foi-se mantendo generosa, à prova de qualquer surpresa.
A prova da boa exibição colectiva da selecção nacional é que não houve nenhum jogador com mais de quatro golos marcados (foram cinco os que chegaram a esta marca), mas quase todos os jogadores de campo acertaram na baliza contrária. Na baliza portuguesa, Gustavo Capdeville exibiu-se a grande nível, com 14 defesas em 31 remates, uma eficácia de 44%. Do lado da Macedónia do Norte, Filip Kuzmanovski, lateral-esquerdo que joga na Alemanha, foi o melhor marcador, com dez golos.