FC Porto não dispensou o divã para bater Estoril em crise

Regresso sofrido ao Dragão depois da derrota com o Gil Vicente e antes da recepção ao Inter de Milão.

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André Franco marcou, à antiga equipa, o segundo golo do FC Porto LUSA/JOSÉ COELHO

O Dragão começa a confundir-se com um terreno minado para o FC Porto, que teve de eliminar alguns resquícios da derrota com o Gil Vicente para superar um Estoril em crise, que deu luta no jogo inaugural da 24.ª jornada, perdendo por 3-2, depois de ter recuperado duas vezes, o suficiente para mergulhar os portistas numa dúvida metódica.

Grujic mostrou-se num remate à entrada da área, confirmando a ambição de marcar instantes depois, num cabeceamento fatal para Dani Figueira, na sequência de um canto. O FC Porto entrava com a urgência de quem tem um compromisso importante na Champions, com a recepção ao Inter de Milão, na terça-feira. Mas ainda precisava da confirmação para afastar o fantasma do jogo com o Gil Vicente, o último no Dragão, que deixou os portistas a oito pontos da liderança.

Apesar da desvantagem, o Estoril mantinha o plano de jogo, com uma defesa a cinco, apelando ao sacrifício do ala Tiago Gouveia, que recuava para fechar o corredor esquerdo. Com isso, a equipa de Ricardo Soares ganhava tempo para poder explorar qualquer fragilidade na defesa da casa, que elegeu Fábio Cardoso para colmatar a ausência forçada de Marcano.

E foi pelo lado do central e de João Mário (de regresso ao "onze") que o Estoril conduziu a acção que lhe renderia o golo da igualdade, com Tiago Gouveia a aproveitar um ressalto para se infiltrar e ficar na cara de Diogo Costa, que bateu sem hesitar.

O Dragão tinha motivos de sobra para esticar-se no divã, mas o trauma não exigiu análise profunda. Apenas a intervenção oportuna de André Franco, um ex-“canarinho” que surgiu no momento certo para completar o trabalho de Danny Namaso, autor do remate devolvido pelo guarda-redes e pelo poste e que devolveu a vantagem aos “azuis e brancos”.

O FC Porto, com Otávio discreto à esquerda e sem a profundidade nem a largura necessária para desmantelar o Estoril ia adiando o golo que vergasse um adversário organizado e disponível para expor as fragilidades dos “dragões”, bem visíveis na permeabilidade da última linha.

Pecha que poderia ter custado novo revés, com Tiago Gouveia a dispor de nova ocasião, a dois minutos do descanso, para igualar.

A agressividade de Cassiano, com uma entrada dura sobre Eustáquio, poderia ter deixado os visitantes em maus lençóis. Mas o árbitro perdoou o segundo amarelo e o VAR não considerou o lance suficiente para vermelho directo.

Assim, as equipas regressavam para uma segunda parte marcada pela troca estratégica de Grujic (amarelado) por Uribe. Mas também pelo intensificar do domínio portista.

A precisar de fechar o encontro para poder gerir o desgaste, tendo em conta os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, Sérgio Conceição via o tempo passar e os problemas avolumarem-se com a lesão de João Mário, a accionar o alarme com uma entorse do joelho.

O Estoril ia mantendo intactas as possibilidades de chegar ao empate, o que conseguiu a 23 minutos dos 90 minutos, na sequência de um penálti a punir mão de Pepe em zona de rigor.

Diogo Costa nada pôde fazer para evitar o golo de Francisco Geraldes, que incendiou a noite no Dragão, levando Conceição a responder com as entradas de Galeno e Taremi.

Começava a corrida contra o relógio, que o iraniano abreviou na primeira intervenção, ao ser travado por Mexer em zona proibida. Taremi também não perdoou dos 11 metros, levando o FC Porto de novo para o comando de um jogo sofrido até ao fim.

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