A nova fantasmagoria de François Chaignaud é um carrossel entre a vida e a morte
O coreógrafo francês volta a convocar-nos para uma experiência hipnótica: t u m u l u s, procissão para 13 corpos em que dança e canto são matéria indivisível, vai poisar em Lisboa e no Porto.
Um arco-íris de 13 corpos progride pela coxia em direcção ao palco – vindo sabe-se lá de onde ou quando. Na penumbra, troncos e braços ganham as proporções disformes e inchadas dos kispos de penas hi-tech tipo (arriscamos…) século XXII, as canelas avançam esculpidas por polainas de lã que avó tricotaria; das bocas, muito em breve, sairão litanias em latim renascentista, como que por efeito de uma cápsula do tempo que François Chaignaud e Geoffroy Jourdain, as mãos invisíveis por trás desta procissão, tivessem dado a engolir aos intérpretes, chamando-os a abrirem-se a outros estados de percepção.
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