Ei-las que cantam, senhoras de um património universal
Formalizado, há três anos, o pedido de inscrição do canto de mulheres de matriz rural na Lista Nacional do Património Cultural Imaterial, o movimento não tem parado.
Foi há já três anos, mas parece que foi ontem: reunidas em Viana do Castelo, representantes de 360 cantadeiras de todo o país fundavam a Associação de Canto a Vozes – Fala de Mulheres. Foi no dia 1 de Março, um domingo, mal se adivinhava que em pouco mais de uma semana Portugal inteiro iria “fechar portas” por conta da pandemia da covid-19. Agora que voltou a celebrar-se, já sem máscaras ou com o seu uso restringido a lugares críticos, o Dia Internacional das Mulheres, é bom assinalar que tal passo – corolário de algo que vinha de trás – deu proveitosos frutos. O de maior relevo terá sido a oficialização do pedido de inscrição do canto de mulheres de matriz rural, a três ou mais vozes, na Lista Nacional do Património Cultural Imaterial, num encontro que decorreu no dia 11 de Setembro de 2021, um sábado, em São Pedro do Sul, na Beira Alta. Festejou-se e cantou-se, e não foi caso para menos. E se ali estavam 15 grupos presentes (num total de 165 cantadeiras e alguns cantadores), a Associação tem vindo a crescer, aos poucos, contando já com um total de 63 grupos corais, dos fundadores a outros que a ela vão aderindo.
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