Dia da Mulher: atingida pela seca, Itália ficou sem flores para celebrar

Secaram as flores amarelas da mimosa que são tradicionalmente usadas para celebrar o Dia Internacional da Mulher em Itália. Os preços das flores subiram e há quem roube mimosas de quintas privadas.

Foto
Um vendedor ambulante vende flores de mimosa no Dia Internacional da Mulher, em Nápoles, Itália, 8 de Março de 2021 REUTERS/Ciro De Luca

As celebrações italianas do Dia Internacional da Mulher esta quarta-feira correm o risco de ser estragadas por uma seca que afectou a produção das flores amarelas da mimosa que são tradicionalmente oferecidas às mulheres nesta data.

A colheita de mimosas caiu um terço, com uma queda da precipitação e temperaturas mais elevadas a obrigar os agricultores a juntar os galhos antes do tempo, disse a associação agrícola Coldiretti numa declaração.

Além disso, os custos de energia mais elevados devido à guerra na Ucrânia tornaram o armazenamento das flores perfumadas em frigoríficos muito mais caro, adiantou o grupo.

Por outro lado, a escassa oferta de mimosas fez subir os preços, disse Coldiretti, com grandes ramos à venda por mais de 20 euros. Esta situação, por sua vez, levou a um aumento acentuado dos roubos das flores das quintas por pessoas menos abastadas determinadas a não desapontar as mulheres.

As mimosas, introduzidas pela primeira vez em Itália no século XIX, foram escolhidas como o símbolo do país do Dia Internacional da Mulher em 1946, o ano após o fim da Segunda Guerra Mundial. A escolha foi feita por dois membros de uma organização anti-fascista para encarnar a força, energia e perseverança das mulheres.

A primeira celebração registada do Dia Internacional da Mulher foi em 1911 na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça, quando mais de um milhão de pessoas se reuniram para apoiar os direitos da mulher.

As várias semanas de tempo seco no início de 2023 têm levantado a preocupação de que a Itália enfrentará mais uma situação de emergência no Verão, pelo segundo ano consecutivo.

Sugerir correcção
Comentar