Sp. Braga cumpre e “sacode” pressão do Sporting

Frente ao Rio Ave, os minhotos voltaram aos triunfos, depois de derrotas com Fiorentina e Vitória de Guimarães.

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Banza, autor de um dos golos do Sp. Braga-Rio Ave HUGO DELGADO

Quando entrou em campo frente ao Rio Ave, neste domingo, o Sporting de Braga tinha o Sporting a apenas dois pontos e já via o FC Porto a cinco. Quando regressou a casa, a equipa minhota já tinha “sacudido” os “leões”, que voltaram a estar a três, e deitado mão aos portistas, que voltam a estar a apenas dois na Liga.

É este o desfecho das contas da Europa no campeonato, depois do triunfo (2-0) do Sp. Braga frente ao Rio Ave, na pedreira, que permite à equipa do Minho voltar aos sorrisos, depois de derrotas frente a Fiorentina e Vitória SC.

O que significa isto para a formação de Vila do Conde? Nada de muito significativo. A equipa já está longe da luta europeia, mas também tem o duelo da permanência bem encaminhado, com 11 pontos de vantagem para a zona perigosa. Em tese, os pontos perdidos neste jogo não farão falta.

O Rio Ave levou a este jogo um 3x5x2 no qual os alas nem sempre foram capazes de participar no momento ofensivo, deixando Boateng e André Pereira entregues a si mesmos.

Do outro lado, o Sp. Braga teve Ricardo Horta a jogar solto atrás de Abel Ruiz, e acabou por conseguir, mesmo que nem sempre com consistência, encontrar algumas soluções entre linhas, sobretudo como forma de comprometer adversários, criando espaço para os colegas.

E os minhotos acabaram por aproveitar a melhor fase no jogo, na primeira parte, e não serem surpreendidos na pior, durante a segunda.

A equipa de Artur Jorge entrou forte no jogo, com um domínio territorial conjugado com bastante variabilidade de soluções ofensivas. Conseguiu criar perigo de várias formas e, mesmo sem somar oportunidades minuto a minuto, estava claramente melhor no jogo, frente a uma equipa que tentava explorar as transições rápidas.

É certo que Matheus salvou o Sp. Braga logo no início do jogo, mas a vantagem de 1-0 ao intervalo tinha lógica, patrocinada por um golo de Bruma numa bela jogada colectiva – apoio frontal de Ruiz, corrida de Iuri e finalização de Bruma.

O ala internacional português tem tido dificuldade em encontrar espaço nesta equipa (tem sido quase sempre suplente utilizado) e o golo marcado, mesmo sem ter tido um desempenho superlativo, pode dar uma base de confiança a um jogador que não chega a Portugal no momento mais fulgurante da carreira.

Na segunda parte, o Rio Ave entrou novamente a criar perigo – foram dois lances com oportunidades claras –, mas a equipa acabou por perder algum gás.

E foi nessa fase mais “morna” que Banza, com um grande golo de “bicicleta”, conseguiu “matar” o jogo. Não que um 2-0 seja claramente “matar” um jogo, mas, pelo que se passava, era mais ou menos evidente que dificilmente o triunfo escaparia.

O Rio Ave sai com a sensação de que fez o suficiente para levar pontos, e fez, mas também saberá que não foi quem mais fez por vencer. Nessa medida, o resultado não é desajustado.

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