Comprar um homem por dez manilhas: o tráfico de escravos português num naufrágio basco

Uma arqueóloga anda há 35 anos a mergulhar nos destroços de um navio do século XVI que viajava ao serviço da coroa portuguesa. E a aprender com ele como funcionava o comércio da primeira globalização.

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As manilhas tal como foram resgatadas dos destroços (à esq.) e um exemplar tal como se encontra hoje, em depósito Fotos: Ana Benito Domínguez (esq.) e Juantxo Egaña

Afundou-se há 500 anos, perto da costa e a menos de dez metros de profundidade, na baía de Getaria, no País Basco, carregada de lingotes de cobre e de outras importantes moedas de troca. Ao que parece, não conseguiu resistir aos fortíssimos ventos de noroeste que assolam a região, perto de um pequeno povoado com o mesmo nome, reduzido a escombros na primeira metade do século XIX.

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