FIFA estará interessada em comprar o Stade de France
Jornal L’Équipe revela que o tema foi abordado numa conversa recente com Emmanuel Macron. Recinto é propriedade do Estado e actual concessão termina em 2025.
E se o mítico Stade de France, palco de algumas das maiores façanhas do desporto francês, do futebol ao râguebi, passasse a ser propriedade da FIFA? A hipótese é levantada nesta quinta-feira pelo jornal L'Équipe, que garante que o tema foi abordado há duas semanas, num encontro entre o Presidente da República, Emmanuel Macron, e o presidente da FIFA, Gianni Infantino.
O recinto situado em Saint-Denis, a norte de Paris, foi inaugurado em Janeiro de 1998, com um jogo entre França e Espanha, e é actualmente um dos estádios mais emblemáticos do país. Propriedade do Estádio francês, é gerido por um consórcio composto pela Vinci e Bouygues, terminando a presente concessão no dia 30 de Junho de 2025.
Até essa data, a questão não se coloca, mas as negociações para definir o futuro do recinto dentro de pouco mais de dois anos já terão começado. Avaliado em 600 milhões de euros (valor que já inclui as obras de renovação necessárias), o Stade de France poderá ser um "luxo" apetecível para a FIFA, que, entre outros eventos, passaria a ter uma casa própria, de grande dimensão (80.000 lugares), para organizar, por exemplo, o Mundial de clubes.
O interesse da FIFA, avança o L'Équipe, não é totalmente novo e já terá integrado algumas conversas entre Infantino e o presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), Noël Le Graët. Mais recentemente, no dia 15 de Fevereiro, terá também sido assunto no encontro entre Infantino e Macron no Eliseu, sendo que o Presidente da República francesa não verá com maus olhos uma oportunidade de alienar um activo que pesa nos cofres públicos.
O Estado francês está, portanto, aberto a ofertas e a FIFA será sempre um sério concorrente. Para já, o que é seguro é que o Stade de France ainda vai fazer parte do roteiro desportivo francês até 2025, não só porque a operação de venda obrigará a uma desclassificação do recinto do domínio público, mas também porque na agenda próximo há vários jogos do Mundial de râguebi previstos e, claro está, os Jogos Olímpicos de 2024.