Jogger ganha mecânica full hybrid para convencer pela poupança

Depois de ter apresentado o Jogger como um sete lugares abaixo dos 20 mil euros, a Dacia electrificou-o e tira da manga o híbrido mais barato do respectivo segmento.

Dacia Jogger Hybrid 140
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Dacia Jogger Hybrid 140 DR
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Numa altura em que os preços dos automóveis atingem patamares cada vez menos acessíveis (um estudo encomendado pela FINN, empresa de carros por subscrição, concluiu recentemente que Portugal é o quarto país do mundo onde a propriedade de um veículo é mais cara), a Dacia mantém a política de cortar luxos e comodidades que considera não essenciais para manter os preços da sua gama em valores razoáveis. Fê-lo, por exemplo, no ano passado com o lançamento do Jogger, único familiar de sete lugares que é possível adquirir por menos de 20 mil euros (o Essential ECO-G 100 custa a partir de 18.550€).

No entanto, não há caminho que não passe por cortar emissões (e até anulá-las se não houver recuo na decisão de eliminar os motores a combustão no Velho Continente a partir de 2035). Por isso, junta-se agora à oferta de mecânicas uma electrificada, apresentada como a mais barata do seu segmento: desde 28.725€.

Na lista de prós entra ainda um baixo consumo: 4,9 l/100 km em circuitos mistos, que se cumpre com facilidade — num percurso de quase 130 quilómetros nos arredores de Lisboa, onde decorreu a apresentação internacional, marcámos 4,6 —, o que será um aliado dos orçamentos familiares. Também em baixa foram revistas as emissões de CO2, no caso em torno dos 110 g/km (com motor Eco-G, a combinar GPL, as emissões são de 118; no TCe de 110 cv escalam para os 129 g/km).

O grupo propulsor não é novo, sendo já conhecido de modelos da Renault: associa um motor a gasolina de quatro cilindros, com 1,6 litros e 90 cv, a dois motores eléctricos — um, de 20cv, serve de arranque/gerador de alta tensão, enquanto outro, de 50 cv, oferece poder de tracção. A caixa multimodo tem quatro velocidades acopladas ao motor térmico e duas velocidades ao motor eléctrico, primando pela suavidade com que alterna entre motores (ainda que não nos livremos de algum ruído quando a aceleração é mais poderosa).

No selector há ainda a posição B, de brake, que aumenta a travagem regenerativa e consequente recuperação de energia eléctrica, que se acumula numa pequena bateria de 1,2 kWh. Quando usada em ambiente citadino, alega a Dacia, a condução faz-se em modo eléctrico por cerca de 80% dos trajectos, além de reduzir a necessidade de usar os travões.

Com potência combinada de 140cv, é também o mais rápido da gama (acelera de 0 a 100 km/h em 10,1 segundos), embora a sua velocidade máxima se fique pelos 167 km/h. O que não muda é as características de boa habitabilidade para qualquer um dos sete ocupantes, não tendo o espaço a bordo sido beliscado pelo sistema híbrido, arrumado onde as versões Eco-G têm o depósito de GPL.

Ainda no interior do automóvel, há algumas diferenças do modelo lançado em 2022. O Jogger full hybrid chega, durante este mês, equipado de série com um painel de instrumentação digital de sete polegadas, onde é possível acompanhar o funcionamento do sistema híbrido, nomeadamente o fluxo da energia: se está a ser usado o modo eléctrico, se ambos os motores estão a funcionar em conjunto ou se se está a recuperar energia.

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