Novos ataques na Cisjordânia após encontro para reduzir tensões
Um palestiniano matou dois irmãos israelitas que circulavam de carro nos territórios ocupados, o que motivou uma onda de ataques contra casas e carros de palestinianos.
Pelo menos três pessoas foram mortas em mais um episódio de violência na Cisjordânia, no domingo, depois de um atirador palestiniano ter alvejado dois irmãos que circulavam de carro nos territórios ocupados, e de os colonos israelitas terem respondido com um ataque que matou um palestiniano.
Os ataques aconteceram na região de Huwara, numa altura em que responsáveis das duas partes se reuniram na Jordânia, no fim-de-semana, para discutirem formas de fazer reduzir a tensão.
Segundo o Exército de Israel, o atirador palestiniano chegou a um cruzamento "e abriu fogo contra um veículo israelita". As vítimas eram irmãos do colonato de Har Bracha, a oito quilómetros de distância, e um deles fazia parte de um programa militar para estudantes.
Na sequência deste primeiro caso, os palestinianos disseram que os israelitas de um colonato próximo atacaram várias habitações e atearam fogo a pelo menos 15 veículos.
Um palestiniano de 37 anos foi morto a tiro por um colono israelita, disseram as autoridades palestinianas. Os militares israelitas que estavam na área não fizeram nenhum comentário de imediato.
O Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, disse que considera o Governo israelita totalmente responsável pelos ataques, e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que os soldados estão em busca do atacante.
"Peço que não façam justiça pelas próprias mãos. Deixem que o Exército e as forças de segurança façam o seu trabalho", disse Netanyahu.
O enviado da União Europeia ao Médio Oriente, Sven Koopmans, disse estar "alarmado com a espiral de violência" e pediu a todas as autoridades que "acabem com o derramamento de sangue e a impunidade imediatamente".