Taiwan vai dar 154 euros a cada turista

A iniciativa visa atrair turistas internacionais a Taiwan, depois de um longo confinamento. Há incentivos para viajantes individuais e para grupos.

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Taiwan quer incentivar turistas internacionais a regressar à ilha Reuters/ANN WANG (arquivo)

As fronteiras de Taiwan reabriram-se ao turismo internacional em Outubro do ano passado, mas os viajantes tardam em regressar à ilha asiática. Para atraí-los, e apoiar a recuperação do sector, o governo anunciou um novo pacote de medidas, incluindo incentivos entregues directamente aos turistas.

Estes incentivos terão um valor de 154€ para turistas individuais, num máximo de 500 mil visitantes, existindo ainda uma verba destinada a grupos: 308€ para grupos entre oito e 14 pessoas, o dobro para grupos maiores, até um máximo de 90 mil grupos.

“O dinheiro será distribuído através de múltiplos eventos de promoção turística este ano, em vez de distribuir tudo de uma só vez", avançou ainda Chang Shi-chung, director-geral da Agência de Turismo de Taiwan, em conferência de imprensa na quinta-feira passada, citado pelo Taipei Times.

De acordo com o responsável, isso significa que “nem todos os turistas internacionais” receberão o incentivo, estando, para já, determinado, que “não o receberão até à sua chegada” a Taiwan, também conhecida como ilha Formosa. A ideia é que o valor seja entregue “num cartão electrónico” e utilizado “para pagar a alimentação, alojamento e outras despesas de viagem” durante a estada em Taiwan.

O plano de implementação da medida será determinado num período “apropriado” de tempo, estando ainda por decidir se os incentivos serão distribuídos através de sorteio ou das companhias aéreas, por exemplo, segundo um porta-voz do Ministério dos Transportes e Comunicações.

"Esperamos acelerar e expandir os esforços para que os turistas internacionais venham a Taiwan", afirmava, numa conferência de imprensa separada, Lin Fu-shan, director do departamento do Ministério dos Transportes e Comunicações, citado pela Bloomberg.

O plano visa incentivar, sobretudo, os mercados do Japão, Coreia do Sul, Europa, América do Norte e países vizinhos, do Paquistão à Nova Zelândia.

As medidas fazem parte de um pacote de incentivos ao sector no valor de mais de 160 mil euros, alocados a partir do excedente de receitas fiscais do ano passado.

O objectivo, traçava o primeiro-ministro, Chen Chien-jen, é chegar aos seis milhões de turistas estrangeiros em 2023, duplicar o valor no próximo ano, e atingir os dez milhões em 2025, ainda assim aquém dos 11,8 milhões de visitantes internacionais de 2019, ano em que a ilha registou um número recorde de turistas.

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