Os abusos sexuais de menores são um problema de todo o país e não só da Igreja católica
Não é apenas à CEP que cabe prosseguir esta missão. O Estado português tem, neste domínio, responsabilidades imensas para assumir e um longo caminho para percorrer.
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) reúne-se em Assembleia Plenária, na sexta-feira, para tomar decisões sobre as conclusões do relatório que lhe foi entregue pela Comissão Independente para o Estudo de Abusos Sexuais contra Crianças na Igreja Católica. Um relatório que foi publicamente apresentado a 13 de Fevereiro e que, com base em 512 testemunhos, sinalizou 4815 vítimas de abusos sexuais no seio da Igreja Católica, sendo que em em 77% destes casos os abusadores são padres. Uma investigação cujo peso é legitimado pela qualidade, a idoneidade e a autoridade imensas dos seus membros: Pedro Strecht, pedopsiquiatra, que presidia, Ana Nunes de Almeida, socióloga, Daniel Sampaio, psiquiatra, Álvaro Laborinho Lúcio, juiz-conselheiro, Filipa Tavares, assistente social, Catarina Vasconcelos, realizadora e designer.
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