Eça de Queirós e os Colares que o deixavam farto
Estávamos em delírio quando se abriu uma garrafa de um tinto de 1980 da Adega Regional de Colares, vinho com tanino suficiente para aguentar a gordura do leitão. Não deu nem para saborear o Ramisco.
Veio o leitão da Bairrada, chegou já frio, havia até quem gostasse, mas acabado de assar, ainda quebradiço, é sempre melhor; e, do alto de um quinto andar no Chiado, onde gente do campo e da corte se junta em jantar de amigos uma vez por ano, no mínimo, alguém sentenciou que, na próxima, o melhor seria matar e assar o porquinho mesmo ali, no alto de um quinto andar no Chiado, com vista para o Teatro São Carlos e ao som de O Trovador, de Verdi! Ia ser épico!
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