Inquérito de Estimação: Patinhas sem Lar

No nosso Inquérito de Estimação, damos palco a associações e grupos de ajuda de animais que o mundo deve conhecer. A Patinhas sem Lar acolhe cães e gatos abandonados da zona de Espinho.

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A Patinhas sem Lar resgata cães e gatos abandonados Patinhas sem Lar

A história da Patinhas sem Lar remonta ao Verão de 2013, a um terreno em Paramos, Espinho, onde estavam 70 cães abandonados sem acesso a água, comida ou abrigo. “Cuidámos destes animais, esterilizámos, desparasitámos, vacinámos e, desde então, já recolhemos e demos para adopção mais de dois mil”, explica a medida veterinária e membro da direcção, Ana Paula Castro, na resposta ao nosso inquérito.

Em 2018, a Patinhas passou também a resgatar gatos errantes e, tendo em conta os elevados números de abandono animal, dispõe também agora de um gatil com capacidade para 100 felinos.

Tratar dos animais da melhor forma possível é uma das missões desta associação que também realiza um teste de sida e leucemia felina para todos os gatos com idade superior a seis meses.

Neste momento, a Patinhas sem Lar acolhe 200 animais de diferentes idades, entre os quais a Cindy, uma cadela com dez anos que é cega e tem diabetes, e o cão Zeus com apenas seis meses. A Elma e o Batanete são alguns dos gatos à procura de uma família.

Até que tal aconteça, todos os animais ficam a cargo do único funcionário da associação que também conta com a ajuda dos 20 voluntários sempre prontos para “responder aos apelos de ajuda”, destaca Ana Paula Castro.

Uma medida prioritária pelos direitos dos animais

A esterilização massiva, uma vez que é a forma mais eficaz de evitar a procriação descontrolada e consequente abandono.

Um caso marcante

O Scooby Doo, um cão com dez anos que foi adoptado em bebé, mas o dono ficou detido durante este tempo. O Scooby Doo ficou preso num anexo onde vivia sobre os próprios dejectos, era alimentado por um postigo e nunca saía desse espaço.

Depois de ter sido feita uma queixa, o veterinário municipal resgatou-o. Estava sem pêlo por causa da alergia à picada da pulga, tinha um tumor testicular e atrofia das patas pela limitação de espaço. Hoje em dia está connosco e tem recuperado muito bem.

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A Patinhas sem lar tem 100 cães e 100 gatos para adopção Patinhas sem Lar

Um conselho para quem quer adoptar um animal

Pensar no animal como um novo membro da família e que pode fazer parte dela nos próximos 15 a 18 anos. Além disto, acredito que a pessoa também deve ter noção dos gastos com a alimentação e cuidados veterinários e reflectir na possibilidade de ser FAD (família de acolhimento definitiva) dando um lar a um animal sénior e sem custos, uma vez que esses ficariam a cargo da associação.

Um projecto que tem que ser conhecido

O Projecto Arco-Íris ajudar patudos/castração, em Vila Nova de Gaia. Foi criado pelo casal Lay Bastos e Manuel António e dedica-se ao resgate e castração de animais de rua. Também ajudaram a Patinhas sem Lar quando acolheram definitivamente um cão sénior com problemas cardíacos e são muito dinâmicos na angariação de fundos.

Uma pessoa anónima que vale a pena conhecer

A terapeuta da fala Luísa Pinto. A Luísa adoptou um cão nosso com cancro terminal, o Lopes, há mais de um ano. Quando o Lopes morreu, adoptou o Mel, um cão adulto, que foi atropelado e ficou paraplégico e, além disto, faz voluntariado no abrigo canino aos fins-de-semana.

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