Facebook e Instagram cobram 11 euros por serviço de verificação de contas

O novo serviço vai começar por ser testado na Austrália e Nova Zelândia, sendo lançado noutros países em breve, e dirige-se apenas a pessoas com mais de 18 anos, ficando as empresas excluídas.

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O anúncio foi feito por Mark Zuckerberg, presidente executivo da Meta Reuters/Erin Scott

A Meta, dona do Facebook e do Instagram, vai lançar um serviço pago de verificação de contas nestas duas redes sociais, com um preço a começar em cerca de 11 euros por mês. O novo serviço será testado, primeiro, na Austrália e na Nova Zelândia, sendo depois lançado noutros países.

O anúncio foi feito, este fim-de-semana, por Mark Zuckerberg, fundador do Facebook e presidente executivo da Meta. "Bom dia e o anúncio de um novo produto: esta semana, vamos começar a testar o Meta Verified - um serviço de subscrição que permite verificar a sua conta através uma identificação governamental, obter um selo azul, conseguir protecção extra contra contas falsas e ter acesso directo ao apoio ao consumidor", descreveu o responsável, numa publicação no Facebook, este domingo.

O novo serviço, acrescentou ainda, tem como propósito "aumentar a autenticidade e segurança" dos serviços prestados pelo Facebook e pelo Instagram, com um preço que irá variar consoante o dispositivo em que as redes sociais são utilizadas. "O Meta Verified começa nos 11,99 dólares por mês [cerca de 11,20 euros] para a web ou 14,99 dólares por mês [14 euros] no iOS [sistema operativo do iPhone]. Vamos lançar este serviço na Austrália e Nova Zelândia esta semana e, em breve, em mais países", esclareceu Mark Zuckerberg.

Para acederem a este novo serviço, explicou mais tarde um porta-voz da Meta, os utilizadores do Facebook e do Instagram terão de ter mais de 18 anos, cumprir requisitos mínimos de actividade nas contas e submeter uma identificação emitida por um governo que corresponda ao nome e fotografia apresentados nas suas contas. Para além disso, o novo serviço só estará disponível para pessoas, ficando as empresas excluídas.

O anúncio do novo serviço pago é feito poucos meses depois de a Meta ter comunicado que irá despedir 13% da sua força de trabalho, naquela que foi mais uma grande tecnológica a entrar na onda de despedimentos vivida no sector, que inclui empresas como o Twitter ou a Microsoft. Em Novembro do ano passado, a dona do Facebook anunciou que iria despedir mais de 11 mil trabalhadores, uma decisão que a empresa justificou com o aumento dos custos, num contexto de queda das receitas publicitárias.

"Não só o comércio online voltou às tendências anteriores, mas a desaceleração macro-económica, o aumento da concorrência e a perda de força dos anúncios publicitários fizeram com que a nossa receita fosse muito menor do que o esperado", disse, na altura, Mark Zuckerberg, numa mensagem enviada aos trabalhadores.

Mesmo assim, a Meta fechou o ano de 2022 com receitas superiores a 116,6 mil milhões de dólares (cerca de 109 mil milhões de euros), uma queda de apenas 1% em relação ao exercício anterior, e um resultado líquido de 23,3 mil milhões de dólares (21,7 mil milhões de euros), uma quebra de 41% face a 2021.

A decisão de criar um serviço de verificação pago surge, também, depois de o Twitter ter feito o mesmo. No final do ano passado, a empresa liderada por Elon Musk lançou esta mesma funcionalidade com um custo de 7,99 dólares por mês. Ao contrário de Elon Musk, que já manifestou a intenção de vir a retirar o selo azul de verificação obtido por utilizadores antes do lançamento deste serviço pago, a Meta garante, para já, que não fará quaisquer alterações às contas já verificadas.

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