Actores lêem textos de Jorge Silva Melo no aniversário da morte do encenador

As leituras terão lugar ao final da tarde do dia 14 de Março no Teatro da Politécnica, em Lisboa, antecedendo a a estreia da peça Foi Assim, de Jon Fosse, protagonizada por José Raposo.

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Pelo menos 14 actores que trabalharam com Jorge Silva Melo vão ler excertos de obras criadas e dirigidas pelo fundador dos Artistas Unidos (AU) no próximo dia 14 de Março, em Lisboa, assinalando o primeiro aniversário da sua morte.

Andreia Bento, António Simão, Daniel Martinho, Hugo Samora, Isabel Muñoz Cardoso, Ivo Canelas, João Meireles, João Pedro Mamede, Lia Gama, Manuel Wiborg, Miguel Borges, Nuno Gonçalo Rodrigues, Pedro Lacerda e Sylvie Rocha são, segundo um comunicado divulgado hoje pelos AU, os participantes na iniciativa intitulada Jorge Silva Melo –​ 365 Dias Depois, que terá início às 19h00 no Teatro da Politécnica, em Lisboa.

"Sem grandes certezas", a companhia admite que ainda poderão juntar-se outros actores à lista de participantes nesta homenagem a Jorge Silva Melo, disse esta segunda-feira à Lusa uma fonte dos Artistas Unidos.

Os textos a ler vêm de obras como António, Um Rapaz de Lisboa, com que os AU se estrearam em 1995, e que mais tarde Jorge Silva Melo viria a transpor para cinema, O Fim ou Tende Misericórdia de Nós, Prometeu Agrilhoado/ Libertado e O Navio de Negros, trabalhos criados e encenados por Jorge Silva Melo, assim como de Esta Noite Improvisa-se, de Pirandello. A leitura é uma iniciativa de entrada livre, marcada para as 19h00.

A iniciativa antecede a estreia, às 21h00, de Foi Assim, um regresso ao teatro de Jon Fosse, reflexão de um artista em final de vida protagonizada pelo actor José Raposo, um ano anos depois da morte do escritor, tradutor, actor, realizador e encenador Jorge Silva Melo, fundador e director do colectivo de artistas de 1995 até à morte.

Encenada por António Simão, a peça, que vai estar em cena no Teatro da Politécnica até 15 de Abril, retoma o universo do primeiro dramaturgo posto em cena por esta estrutura, em 2000, no espaço A Capital, em Lisboa, com a peça Vai Vir Alguém, numa encenação de Solveig Nordlund.

Foi Assim tem cenografia e figurinos de Rita Lopes Alves, luz de Pedro Domingos, ponto de Sara Barradas, e assistência de encenação de Pedro Cruzeiro.