Reino Unido oferece ajuda a países dispostos a enviar caças para a Ucrânia

Londres tem recusado o envio de aviões, mas pode dar apoio a quem o quiser e puder fazer de imediato, disse Sunak.

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O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, na Conferência de Segurança de Munique Reuters

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse este sábado que o Reino Unido está disposto a ajudar outros países que estejam dispostos a enviar de imediato caças para a Ucrânia.

Sunak tem seguido a linha de Boris Johnson (e Liz Truss) de manter um forte apoio à Ucrânia, incluindo armamento pesado e treino de militares.

Até agora, tem recusado o envio de aviões de combate, mas Sunak disse que o país poderia ajudar de outros modos: “Se outros países forem capazes de enviar aviões de imediato, o Reino Unido irá oferecer apoio para que o possam fazer”, declarou o primeiro-ministro no seu discurso na Conferência de Segurança de Munique.

Esperava-se que a Polónia fosse, na conferência, defensora de uma coligação para o envio de caças para a Ucrânia, uma aliança que gostaria que fosse liderada pelos Estados Unidos. O Presidente polaco, Andrej Duda, afirmara há uma semana que Varsóvia poderia não conseguir enviar caças, mas este sábado declarou que haveria uma possibilidade de enviar aviões como os MiG, segundo o Politico.

Em Washington, um grupo bipartidário pediu, na quinta-feira, ao Presidente Joe Biden que enviasse F-16 para Kiev. Antes, o secretário da Defesa, Lloyd Austin, dissera que esta não era uma prioridade para os EUA.

Sunak também disse que os aliados ocidentais deviam considerar formas de assegurar que a Rússia pague a reconstrução da Ucrânia depois do final da guerra. Para o primeiro-ministro britânico, é ainda essencial que a comunidade global reconheça a necessidade de um novo quadro para manter a segurança a longo prazo.

“Desde direitos humanos a ameaças nucleares irresponsáveis, da Geórgia à Moldova, a Rússia cometeu violações atrás de violações contra países que estão fora da segurança colectiva da NATO”, disse. “E a resposta da comunidade internacional não foi suficientemente forte.”