Jogadoras do Canadá levam roxo para o campo em protesto pela igualdade de género

Depois da greve, as jogadoras da equipa de futebol feminino do Canadá vestiram o roxo como forma de protesto pela igualdade de género e equidade salarial.

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Membros da equipa nacional de futebol feminino do Canadá usam t-shirts de protesto antes do jogo contra os EUA no torneio de futebol feminino da Taça SheBelieves, em Orlando. REUTERS/Joe Skipper
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Membros da equipa nacional de futebol feminino do Canadá, incluindo a canadiana Sophie Schmidt (13), usam t-shirts de protesto antes do seu jogo. REUTERS/Joe Skipper
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Uma adepta com um cartaz de apoio à Selecção Nacional de Futebol Feminino do Canadá. REUTERS/Joe Skipper
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Membros da equipa nacional de futebol feminino do Canadá aquecem antes do jogo. REUTERS/Joe Skipper
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As equipas dos E.U.A. e do Canadá juntas no meio-campo antes do início da partida. REUTERS/Joe Skipper

A equipa de futebol feminina canadiana levou a disputa com a sua associação nacional para o campo na quinta-feira, vestindo camisolas roxas com a mensagem Enough is Enough no jogo de abertura da Taça SheBelieves contra os Estados Unidos.

O protesto da equipa foi o mais recente episódio na luta pela equidade salarial com a Canada Soccer. "Esta noite, as nossas jogadoras vão usar roxo como símbolo de protesto", disse a Associação Canadiana de Jogadoras, numa declaração.

"Considerando as circunstâncias actuais, as nossas jogadoras continuarão a usar roxo até que a nossa associação tenha um padrão que garanta a igualdade de tratamento e de oportunidades."

As canadianas usaram as t-shirts roxas durante o aquecimento no Estádio Exploria em Orlando, Florida, antes de mudarem para o seu tradicional equipamento vermelho, mas usando uma fita roxa nos pulsos. O roxo tem sido historicamente associado à luta para alcançar a igualdade de género. O Canadá perdeu o jogo por 2-0.

As campeãs olímpicas tinham boicotado o treino no sábado passado enquanto exigiam mudanças imediatas mas recuaram mais tarde, quando a Canada Soccer chamou à sua greve ilegal e ameaçou com uma acção legal. A equipa disse que jogaria sob protesto na Taça SheBelieves.

Numa conferência de imprensa na terça-feira, as jogadoras disseram que a discrepância "nojenta" entre o futebol masculino e feminino do Canadá tornou-se óbvia no ano passado no Qatar, onde os homens do Canadá fizeram a sua primeira participação no Campeonato do Mundo em 37 anos, em Novembro. A Canada Soccer gastou 11 milhões de dólares no programa masculino em 2021, e 5,1 milhões de dólares nas mulheres.

A associação disse que tinha um "historial comprovado" de apoio ao jogo feminino e que a equidade salarial estava "no centro" das negociações em curso entre os jogadores.

A avançada norte-americana Mallory Swanson marcou ambos os golos contra o Canadá na quinta-feira. A capitã canadiana Christine Sinclair disse que a sua equipa estava "mentalmente exausta" e qualquer equipa que jogue contra as campeãs do mundo tem de estar "no seu melhor". "E nós não estávamos nessa noite."

As canadianas vão enfrentar o Brasil no domingo antes de enfrentarem o Japão três dias mais tarde. O Brasil derrotou o Japão por 1-0 no jogo de abertura do torneio, com Debinha a marcar o único golo.