Carlos Cortes é o novo bastonário da Ordem dos Médicos

Patologista clínico de Coimbra foi eleito bastonário com 57% dos votos num acto eleitoral renhido mas pouco participado.

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Carlos Cortes foi eleito bastonário da Ordem dos Médicos DR

Carlos Cortes é o 16.º bastonário da Ordem dos Médicos. O patologista clínico venceu a segunda volta das eleições com mais de 57% dos votos e vai suceder a Miguel Guimarães, que ocupa o cargo de representante máximo da ordem desde 2017.

No acto eleitoral para bastonário no triénio 2023/2025, Carlos Cortes foi eleito com 11.176 votos, enquanto Rui Nunes, o professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto que ficou em segundo lugar na primeira volta, obteve 6867 votos, segundo os resultados provisórios divulgados pela Ordem dos Médicos (OM) após o fecho das urnas, às 19 horas. Houve ainda 1267 votos brancos e nulos. Carlos Cortes toma posse em 14 de Março.

Apesar de renhido, o acto eleitoral foi pouco participado: votaram menos de um terço (31,6%) dos mais de 61 mil médicos inscritos na ordem. Além de Carlos Cortes e de Rui Nunes, na primeira volta das eleições concorreram ao cargo de representante máximo da ordem Alexandre Valentim Lourenço, Bruno Maia, Fausto Pinto e Jaime Branco.

Nascido em Lisboa, Carlos Cortes, 53 anos, foi estudar para Coimbra, onde se formou em Medicina. Optou pela especialidade de Patologia Clínica, subespecializou-se em microbiologia médica e fez uma pós-graduação em gestão e direcção em saúde. Actualmente é director do serviço de patologia clínica do Centro Hospitalar do Médio Tejo.

O patologista conhece por dentro a Ordem dos Médicos, uma vez que preside à Secção Regional do Centro desde 2014 e foi coordenador do Conselho Nacional de Pós-Graduação, órgão com responsabilidades no internato. Na secção regional, criou um gabinete de apoio aos médicos em situação de burnout ou vítimas de violência física ou psicológica.

Na apresentação da candidatura, sublinhou que está empenhado em ser “um bastonário de proximidade e de intervenção” e “um provedor do doente” e prometeu modernizar a Ordem dos Médicos, tornando-a “menos burocratizada", através de um processo de transformação digital dos seus serviços e da reformulação da organização interna.

​Comprometeu-se ainda a criar a “academia OM”, que será “um centro de formação para todos os médicos nas mais diversas áreas”, e defendeu o reforço do Gabinete Nacional de Apoio ao Médico e a revisão do modelo de internato médico.

Na extensa lista das suas propostas, figura igualmente a criação de novos instrumentos de ligação dos centros de saúde aos hospitais para melhorar a articulação da rede dos cuidados de saúde primários e os cuidados hospitalares, que poderá ser desenvolvida através de “gestores do doente”.

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