Rapaz resgatado da gruta na Tailândia morre aos 17 anos
Antigo capitão da equipa de futebol que ficou encurralada na gruta estava agora a estudar em Leicester, no Reino Unido, onde terá sofrido uma lesão fatal na cabeça.
Chamava-se Duangpetch Promthep e a sua cara sorridente correu mundo quando os socorristas alcançaram finalmente o local em que ele, os 11 colegas da equipa de futebol e o treinador se encontravam, nas profundezas da gruta de Tham Luang, em Chiang Rai, na Tailândia.
O rapaz, que tinha 17 anos e estava a viver há poucos meses no Reino Unido, morreu na terça-feira.
As causas da sua morte não estão totalmente esclarecidas. A BBC cita jornais tailandeses para dizer que Promthep terá sofrido uma lesão na cabeça, enquanto na Tailândia citam-se meios de comunicação britânicos para assegurar o mesmo. A polícia de Leicester, onde Duangpetch vivia, descarta a hipótese de crime.
“Dom”, como era tratado pelos colegas, era o capitão da equipa e ambicionava ser futebolista profissional. Em Agosto ganhou uma bolsa para estudar numa academia de futebol em Leicester, no Reino Unido, e dizia estar a ver “um sonho tornar-se realidade”.
A Fundação Zico, criada pelo antigo avançado e seleccionador nacional tailandês Zico Kiatisuk Senamuang, que financiou a bolsa de estudo a Promthep, manifestou “profundas condolências” e prometeu dar explicações detalhadas sobre a sua morte mais tarde.
Entretanto, nas redes sociais, antigos companheiros de equipa – e de provação dentro da gruta – também se mostraram desolados com a notícia. “Quando nos encontrámos pela última vez antes de partires para Inglaterra, até te disse a brincar que, quando voltasses, tinhas de me dar um autógrafo”, escreveu Prachak Sutham, citado pela BBC. “Disseste-me para esperar que ia ver-te jogar na selecção, sempre acreditei nisso.”
Entre o fim de Junho e meados de Julho de 2018, o drama dos 12 rapazes e seu treinador encurralados dentro de uma gruta foi seguido atentamente em todo o mundo. A equipa acabaria por ser resgatada na totalidade graças a uma longa operação, ao fim de 17 dias.
Pouco depois do resgate, “Dom” recebeu jornalistas em sua casa e falou da experiência de entrar anónimo na gruta e sair de lá uma quase celebridade mundial. “Quando voltei para casa, havia tantas pessoas à minha espera, fiquei espantado”, disse à Reuters.