Félix tentou ser feliz em Dortmund, mas Chelsea não resistiu a Adeyemi

Alemães vão a Londres defender vantagem magra, conseguida no melhor período dos ingleses, traídos numa transição.

Foto
João Félix em destaque em Dortmund Reuters/WOLFGANG RATTAY

O Chelsea investiu em três reforços de Inverno no "onze" inicial, com Enzo Fernández, João Félix e Mykhaylo Mudrik entre as apostas de Graham Potter, pressionado por uma série de oito partidas em que somou apenas um triunfo. Mas a receita não resultou e os londrinos perderam na Alemanha com o Borussia Dortmund no jogo da primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões.

Do trio de reforços, o médio argentino estava mais exposto atendendo ao fluxo de jogo gerado pelo Borussia Dortmund, mas foi o português cedido pelo Atlético de Madrid a rapidamente ganhar protagonismo. Desde logo pela forma como fez fluir o ataque dos ingleses, potenciando todas as incursões.

Félix resolvia praticamente todos os problemas com um à-vontade desconcertante, tendo estado a milímetros de ser feliz em dois momentos que podiam ter sido fulcrais para marcarem a primeira parte: depois de um remate em jeito, em que tentou colocar demasiado a bola fora do alcance do guarda-redes, Félix atirou à barra a melhor oportunidade do Chelsea, emblema que até já tinha visto um golo bem anulado por mão de Thiago Silva.

O Borussia Dortmund, com outro português, Raphaël Guerreiro, em acção, controlava o ritmo, empurrando os “blues”, apostando num 4x1x4x1 que tanto criava constrangimentos ao Chelsea como expunha demasiado o seu sector mais recuado, reduzido a três unidades na fase de construção.

Valeu a intermitência de Mudryk, que tanto arrancava imparável rumo à área como, logo a seguir, boicotava o próprio esforço com acções sem nexo. Donos e senhores da bola, os alemães construíram momentos de golo suficientes para se adiantarem no marcador, em especial por Karim Adeyemi e Sébastien Haller.

A eficácia das duas equipas estava claramente condicionada pela avidez e pela emergência de marcar primeiro, o que levou o Signal Iduna Park a esperar 63 minutos pela explosão de Adeyemi. Espera plenamente compensada pela impressionante arrancada do internacional alemão de 21 anos, na resposta a uma dupla perdida do Chelsea.

Reagiu o Chelsea, que viu Emre Can evitar o empate em cima da linha após remate de Koulibaly e defesa incompleta de Kobel a 12 minutos dos 90. Os londrinos tentaram tudo num jogo de vertigem pura, que acabou com o Borussia a defender a vantagem mínima.

Sugerir correcção
Comentar