Começou com chuva e vento, terminou a ferver a etapa inaugural da Volta ao Algarve 2023. Em Lagos, depois de percorridos 200,2 km desde Portimão, Alexander Kristoff (Uno-X) acabou por bater a concorrência ao sprint e, graças às bonificações, assumir a liderança isolada da classificação geral.

Uma fuga inicial protagonizada, ais 20km, por cinco corredores, serviu para animar as hostes mas sem provocar fortes danos no pelotão. António Ferreira aproveitou para se destacar na classificação da montanha, enquanto Alexander Kamp ditou a lei na única meta volante do dia, em Aljezur. Mas só na terceira hora de corrida a velocidade aumentou, para lá dos 40 km/h, começando então a perceber-se que o final (como expectável) seria discutido ao sprint.

A 12 quilómetros da meta, com o pelotão compacto, registou-se uma queda que afectou alguns ciclistas mais recuados. Isto antes de uma subida, a menos de 2000 metros da meta, ter desorganizado os comboios das equipas que preparavam o sprint, sobressaindo então Alexander Kristoff (com a ajuda de Søren Wærenskjold) para um triunfo muito disputado e inédito.

“É a primeira vez que venço em Portugal. O Søren Wærenskjold fez-me um excelente lançamento na chegada. Estava muito forte e cabia-me aproveitar, tirando proveito da sua força para me posicionar melhor e lançar o meu sprint”, destacou o vencedor, acrescentando: “É sempre um alívio começar a época a vencer, a pressão desce um bocado. Vencer é uma sensação indescritível”.

Jordi Meeus (BORA-hansgrohe) terminou o dia na segunda posição e Fabio Jakobsen (campeão europeu da Soudal Quick-Step), vencedor em três ocasiões em Lagos, foi, desta feita, quarto, logo atrás de Søren Wærenskjold.

Na quinta-feira, disputa-se a 2.ª etapa, com os ciclistas a terem de percorrer 186,3 quilómetros, entre Sagres e o alto da Fóia, em Mochique, onde a meta coincidirá com uma contagem de montanha de primeira categoria.