É o “filme-surpresa” dos Óscares, que aparentemente passou despercebido até a sua protagonista, Andrea Riseborough, se ter visto nomeada para melhor actriz (e a Academia até foi “rever” a forma como o filme e Riseborough se propagandearam, mas não se percebe porquê: é nomeação tão aleatória como a generalidade das outras). Também é o tipo de histórias que costuma dar frutos: a de uma reeducação para a decência de uma personagem estouvada, que gastou o dinheiro da lotaria em vícios e agora tem que partir do fundo do poço até chegar à superfície outra vez, e Deus sabe como Hollywood adora estes relatos da conversão de transviados ao bom caminho.