Abusos sexuais: os trabalhos da Igreja Católica estão apenas no início
A abolição dos confessionários fechados, o tratamento das vítimas e a ponderação do fim do segredo da confissão são algumas das recomendações contidas no relatório sobre os abusos sexuais na Igreja.
A divulgação de que pelo menos 4815 crianças foram vítimas de abusos às mãos de membros da Igreja Católica em Portugal nos últimos 72 anos é apenas o começo de uma longa lista de trabalhos para a Igreja Católica. Para além dos números, numa escala incomensuravelmente maior do que a Igreja pretendera até aqui, e que abre uma ferida que “dói e envergonha” a instituição, como confessou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Ornelas, o relatório deixa uma vastíssima lista de recomendações à Igreja e que vão da necessidade de se ponderar o fim do segredo da confissão à alteração radical do modo de funcionamento dos seminários, desde a alteração dos espaços físicos à formação dada aos futuros padres.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.