À terceira edição, a Semana ID da Rota Vicentina continua inabalável nos seus princípios: é uma montra do "melhor" do turismo nas áreas em foco do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Uma programação delineada para mostrar as distintas realidades da região, por onde a rota abrange actualmente mais de 750 km de percursos pedestres e 1000 km cicláveis.
“Pensar, visitar e celebrar o Sudoeste” é o lema das propostas de 26 de Março a 1 de Abril, que procuram abranger pontos de todo o território da rota. Bons exemplos: "caminhadas de interpretação da paisagem e de conservação, meditativas ou desenhadas; acções de limpeza de praias; passeios de barco no rio Mira ou em Lagos; observação de aves e passeios de bicicleta em vários pontos da região", "visitas guiadas para conhecer produtores locais e artesãos", mostras gastronómicas, propostas para os mais pequenos, encontros com "catalisadores comunitários" e cooperativas, concertos, exposições e exibição de documentários, adianta a Associação Rota Vicentina (ARV).
Um dos grandes destaques do programa é a a abertura ao público do Forte do Pessegueiro, "exclusivamente durante a Semana ID", particularmente célebre por todo o país graças ao clássico moderno cantado por Rui Veloso, a canção Porto Covo que tem o seu epicentro na ilha do Pessegueiro - é frente a esta, e junto à praia, que se localiza o monumento construído no século XVII.
O primeiro passo é dado a 26 de Março, "simbolicamente", refere-se, no quilómetro zero da rota, em Santiago do Cacém. Com a mesma simbologia, termina, no dia 1 de Abril, por entre os trilhos repletos dos desafios contemporâneos que enfrenta o interior do Alentejo (e de todo o país) - será em Sabóia, no interior sul do concelho de Odemira, e a dançar ao ritmo da tradição (mote: "E vá Balho").
A Semana ID (Identidade) irá ainda prestar homenagem a Liberdade Sobral, escultora e ceramista da região, além de integrar, a 31 de Março, um seminário que abordará o turismo como "um barómetro de sustentabilidade em territórios rurais". “Temos de olhar para os territórios rurais como uma solução de futuro”, já defendia a presidente da associação Marta Cabral em entrevista à Fugas, no ano passado.
Sublinhe-se que a semana "não é um festival", precisa agora Marta Cabral, a presidente da ARV. A Semana ID "não tem cabeças-de-cartaz, não transforma esta região em nada que ela não seja todo o ano", diz, rematando: "Apenas desafiamos quem conhecemos a preparar o melhor que o Sudoeste tem para oferecer, no que ao turismo diz respeito".
Sendo um evento em redor do turismo sustentável, a rota destaca ainda que muitos alojamentos e parceiros têm propostas específicas para este não-festival que celebra tanto o Sudoeste como a chegada da Primavera.
A programação completa está disponível no site, recentemente renovado, da Rota Vicentina.