Cuidado com o Pet. Quais são os segredos da longevidade do Bobi? O dono explica
Cuidado com o Pet é o podcast do P3 sobre animais de estimação. Neste episódio, conversamos com o dono do cão mais velho de sempre para sabermos quais são os segredos de uma vida tão longa.
Bobi, um cão com 30 anos, tornou-se conhecido no mundo inteiro ao tornar-se o novo recordista do Guinness World Records com os títulos de cão mais velho do mundo e de sempre.
Neste episódio do podcast Cuidado com o Pet, estivemos à conversa com o dono, Leonel Costa, que nos contou a história deste animal e, acima de tudo, quais são os segredos para uma vida tão longa.
Na verdade, o facto de o Bobi ter sobrevivido quando nasceu é uma sorte. Os irmãos deste cão foram enterrados à nascença e, se ele não tivesse ficado escondido entre os cobertores, teria o mesmo fim. Leonel destaca que nunca concordou com isto e que, quando o encontrou, escondeu-o dos pais durante algumas semanas.
Quando o cão mais velho do mundo foi finalmente apresentado à família, não foi preciso muito tempo até que todos se rendessem. “Ele ia atrás de mim para a escola e, por vezes, saía à noite e só chegava de manhã. Coisas normais da juventude”, graceja o dono.
Os tempos de escola de Leonel já lá vão, assim como a juventude do Bobi. Neste momento, o dia-a-dia deste cão não é muito diferente do de muitos outros: dorme as horas que quiser, pede comida sempre que alguém está a comer, ladra aos gatos e passeia pelo menos duas vezes por dia com o dono. A única diferença é a idade, que, nos humanos, é o mesmo que ter 206 anos.
“Nunca imaginei que ele pudesse chegar a esta idade. Os anos foram passando, mas 30 anos não estava à espera. Nunca pus limites nem pensei ‘estás quase a morrer, por isso vou fazer mais contigo do que fiz ontem’. Vamos vivendo um dia de cada vez, sem pensar que isso possa acontecer”, afirma.
Leonel acredita que o facto de o Bobi viver numa zona rural, neste caso, na aldeia de Conqueiros, em Leiria, e de nunca ter estado preso, usado trela ou coleira são alguns dos factores que têm contribuído para uma vida longa. Bem como a alimentação que o cão sempre teve: “O que nós comemos, ele também come, tentamos é tirar ao máximo os temperos. Por exemplo, se vamos comprar quatro bifes, compramos sempre mais um para ele”, explica o dono de 38 anos.
Entre os pratos preferidos do Bobi estão canja, peixe grelhado ou bife com arroz. Segundo o dono, o cão não é esquisito, excepto quando a ementa é esparguete à bolonhesa – e, neste caso, a massa desaparece e a carne fica na tigela. Por vezes, também come ração húmida, apesar de demonstrar claramente que não é grande apreciador e ficar com menos apetite.
Isto não quer dizer que este tipo de alimentação seja adequado para todos os cães, por isso, se estiveres a pensar mudar a dieta do teu animal, é melhor pedires a opinião de um veterinário.
O Bobi tem consultas “pelo menos uma a duas vezes por ano” e é visto por dois profissionais. Segundo o dono, apesar de o cão ter uma paralisia no focinho e de ver e ouvir mal, os veterinários afirmam que está bem para a idade.
A decisão de concorrer ao Guinness foi de Leonel, que destaca que os dois títulos não têm cariz monetário e são apenas uma distinção à longevidade do animal. “Sei que, se calhar, daqui a um ano ou dois, o Bobi poderá não estar cá ,e é o mínimo que eu, como dono, podia fazer por ele. Ele merecia que eu tentasse”, salienta.
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