Covid-19
Uma escultura com três metros de altura para homenagear os médicos, os heróis da pandemia
Escultor Rogério Abreu criou uma escultura que "presta uma merecida homenagem a todos os médicos".
A escultura Heróis da Pandemia, promovida pela Ordem dos Médicos (OM) em homenagem aos clínicos, foi inaugurada esta sexta-feira no Passeio Carlos do Carmo, junto ao Tejo, em Lisboa.
O mote não era simples — eternizar a entrega dos médicos no combate à pandemia de covid-19 —, mas o escultor Rogério Abreu criou uma escultura com mais de 3,5 metros de altura e 1,5 metros de largura que "presta uma merecida homenagem a todos os médicos, homens e mulheres, que estiveram na linha da frente do momento difícil que vivemos", segundo descreve o comunicado da OM.
A escultura de aço inox "partiu da reflexão sobre a entrega dos médicos no combate à pandemia que nos assolou e que ainda persiste entre nós, o seu altruísmo, dedicação, espírito de sacrifício e resiliência", lê-se ainda na nota.
Na inauguração da obra, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, afirmou ainda que os anos de pandemia foram “muito exigentes” para os portugueses, e "duplamente exigentes para os profissionais de saúde, que tiveram de estar muito mobilizados, sofreram muito desgaste e isso agora tem de ser compreendido e compensado”.
Para o mestre Rogério Abreu, o local onde as esculturas prateadas foram colocadas não podia ser melhor: “O sítio é sem palavras. É esplêndido”, exclamou à Lusa, confessando que, apesar de ter uma “relação muito grande com o Porto” e que também gostaria de as ter lá, a paisagem de Belém foi “sempre uma paixão”.
Quando questionado sobre quanto tempo demorou a fazer a obra, o escultor respondeu com uma pergunta: “quer a resposta certa ou a resposta errada?” "A resposta certa será eventualmente desde que nasci até agora” porque, explicou, “há todo um processo de trabalho que leva a chegar a este processo, quer ao nível emotivo, quer ao nível prático”.
Mas em termos de “tempo mais objectivo” foi um ano de processo de trabalho, revelou Rogério Abreu, que se inspirou para fazer esta obra “no empenho dos médicos, entre as directas que fazem para estarem sempre presentes” e a sua “presença tão humana, cada vez mais necessária na nossa sociedade”.
No seu entender, a obra tem de ser poética: “Se consegui ou não, cada um vai julgar e vai ver de maneira diferente daquela com que a concebi”.