Londres adia por um ano o limite para convocar eleições na Irlanda do Norte

A Irlanda do Norte está sem Governo desde as eleições de 5 de Maio, que pela primeira vez colocaram o partido republicano Sinn Féin à frente do Partido Unionista Democrático.

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Chris Heaton-Harris, ministro para a Irlanda do Norte do Governo Sunak TOLGA AKMEN/EPA

O Governo do Reino Unido vai prolongar por um ano o prazo para convocar eleições parlamentares na Irlanda do Norte, à espera de que os partidos possam aproximar posições e resolver com a União Europeia as questões pendentes relativas ao “Brexit, em particular os detalhes sobre o cumprimento do protocolo norte-irlandês.

O ministro para a Irlanda do Norte, Chris Heaton-Harris, disse no Parlamento antes de uma nova reunião com os partidos que é necessário prolongar o prazo até 18 de Janeiro de 2024, que deixa Londres com margem para convocar novas eleições em qualquer momento de 2023.

A Irlanda do Norte está sem Governo efectivo desde as eleições de 5 de Maio, que pela primeira vez colocaram o partido republicano Sinn Féin à frente do Partido Unionista Democrático (DUP) em número de lugares. Um entendimento entre ambos para formar uma coligação é fundamental também para a manutenção dos acordos de paz de 1998.

Depois da reunião com Heaton-Harris, a líder do Sinn Féin, Mary Lou McDonald, que reivindica o seu direito a encabeçar o Governo da Irlanda do Norte, lamentou o novo adiamento. “Precisamos de decisões já, precisamos de resultados já. O Norte precisa de um Governo e, obviamente, um orçamento que responda às necessidades da nossa sociedade”, disse, segundo a BBC.

Por seu lado, o deputado do DUP Gordon Lyons afirmou que este atraso adicional dá mais tempo para que Londres e Bruxelas resolvam a querela aberta sobre o Protocolo da Irlanda do Norte. Este mantém a Irlanda do Norte dentro do mercado comum europeu, em troca de se estabelecerem alguns controlos ao trânsito de mercadorias a partir da Grã-Bretanha.

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