Um sismo que pode mudar a sorte e o legado de Erdogan

“Oportunista pragmático”, mestre em aproveitar as piores crises para cimentar o seu poder, o Presidente turco enfrenta o seu maior desafio. Outros passaram pelo mesmo, em 1999.

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Erdogan visita uma zona atingida pelo sismo, em Hatay MURAT CETINMUHURDAR/EPA
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O Presidente da Turquia no centro de operações da Protecção Civil turca (AFAD), em Ancara Reuters/PRESIDENTIAL PRESS OFFICE

Numa altura em que debaixo dos escombros do sismo que destruiu bairros inteiros de cidades no Sudeste da Turquia (e no Norte da Síria) começa a ser muito improvável encontrar sobreviventes, já é certo que esta tragédia desmesurada será o maior teste dos 20 anos de governação de Recep Tayyip Erdogan. E chega a poucos meses da ida às urnas de 14 de Maio, eleições que coincidem com o centenário da República turca e que o Presidente quer vencer quase desde que chegou ao poder, acreditando que cumprirá assim o sonho de ultrapassar o “pai” dos turcos, Mustafa Kemal Atatürk, no panteão de heróis da nação.

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