Tár: a corrosão do poder absoluto

Tár começa por nos oferecer o espectáculo do poder absoluto, para depois nos oferecer o espectáculo da corrosão do poder absoluto.

Cate Blanchett, superlativa
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Tár, que tem seis nomeações para os Óscares deste ano (incluindo melhor filme, melhor realizador, melhor actriz), é um dos filmes mais discutidos dos últimos tempos, e deu origem, nalguns recantos da crítica e da internet, ao que pode ser descrito como umas autênticas “tár wars”. Um manifesto contra a “cultura de cancelamento” e as “políticas identitárias”? Um filme que, pelo contrário, traz substância para as reforçar? Um filme “regressivo” ou um filme “progressivo”? Arrumando já esta questão — e presumindo que nem vivemos na Idade Média nem a cancel culture é a Bíblia e que mal nenhum viria ao mundo, nem a fogueira teria que ser o destino do filme, se este de facto a criticasse — a posição de que nos sentimos mais próximos é a daquele crítico americano (honestamente, não nos lembramos de quem) que descreveu o filme de Todd Field, a este respeito, como um “teste de Rorschach”: cada um verá, no “borrão” geral de Tár, as imagens que mais o assombram.

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