A caminho dos Óscares: vamos recordar as grandes glórias do cinema?
O glamour da passadeira vermelha, a festa que celebra a paixão pela sétima arte: há um encantamento, nos Óscares, que nos prende à televisão madrugada adentro e, meses antes, aos filmes nomeados.
Considerados os prémios mais importantes da sétima arte, nem os anos de pandemia ou as recentes polémicas em torno da cerimónia conseguiram roubar à noite dos Óscares o que mais nos apaixona, ano após ano: a descoberta de novas experiências no cinema, histórias arrebatadoras que ficam para a História e pelas quais, como verdadeiros amantes desta arte, não podemos passar ao lado.
Mas pode ser difícil ficar por dentro de tantas obras-primas, nomeados e premiados, filmes de ficção e animação, produções de Hollywood ou estrangeiras – a lista é interminável. Felizmente, agora já pode ver os melhores filmes do cinema ao seu ritmo, no conforto do seu sofá, graças à Filmin. A plataforma de streaming reúne numa colecção especial dezenas de títulos que passaram pela passadeira vermelha dos Óscares, desde os vencedores aos vencidos, com filmes que vão desde antigas glórias como “O Grande Ditador” (1940), “Há Lodo no Cais” (1954), “Lawrence da Arábia” (1962), “Gandhi” (1982), a sucessos mais recentes como “Ela” (2016), “Selma - A Marcha da Liberdade” (2014) ou “Bestas do Sul Selvagem” (2012). E é a pensar na noite de prémios que está a chegar que sugerimos, esta semana, uma viagem por alguns dos grandes premiados, que encontramos na Filmin.
Começamos por um clássico, absolutamente obrigatório: “Fellini 8½ (Oito e Meio)” (1963), do mestre Federico Fellini. Considerada a obra-prima de um dos realizadores que mais marcou a cinematografia italiana, “Fellini 8½ (Oito e Meio)” coloca um dos galãs do cinema da época, Marcello Mastroianni, como alter ego de Fellini, Guido Anselmi, um cineasta a atravessar uma crise artística. Durante a estadia numas termas, todos os seus fantasmas lhe aparecem, como que em sonhos, misturados com as pessoas reais que frequentam o local ou que o vêm visitar: familiares, actores, produtores e até críticos de cinema. Um verdadeiro mergulho na psique de um realizador amargurado com um bloqueio criativo, que é também uma janela para a vida dos realizadores e as suas inseguranças. O filme “Fellini 8½ (Oito e Meio)” venceu, em 1963, dois Óscares, para Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Guarda Roupa, e recebeu mais três nomeações, para Melhor Realizador, Melhor Guião e Melhor Direcção Artística.
Saltando directamente para a actualidade, encontramos na Filmin uma das grandes surpresas dos últimos anos: “O Artista” (2011). Na era dos efeitos especiais, o filme mudo do realizador francês Michel Hazanavicius conquistou a crítica e o público. “O Artista” é uma homenagem à época dourada de Hollywood, ao cinema mudo e à própria sétima arte. A película conta a história de George Valentin, uma das maiores estrelas do cinema mudo, que um dia conhece Peppy Miller, uma jovem e ambiciosa figurante, por quem fica fascinado. Mas a chegada dos filmes sonoros marca o fim da carreira de George e faz de Peppy a nova grande estrela da indústria. “O Artista” venceu, em 2011, três Óscares, para Melhor Realizador, Melhor Banda Sonora Original e Melhor Guarda Roupa, e recebeu ainda mais cinco nomeações, para Melhor Edição, Melhor Direcção Artística, Melhor Guião Original, Melhor Fotografia e Melhor Actriz.
Para terminar as sugestões da semana, vale a pena descobrir um dos filmes mais enternecedores de sempre: “Amor” (2012). Realizado pelo cineasta austríaco Michael Haneke, em “Amor” conhecemos Georges e Anne, um casal de octogenários a gozar tranquilamente a sua reforma, ocupando o tempo livre com as suas maiores paixões: a música e a companhia um do outro. São o mais perfeito ideal de relação: amigos, cúmplices e ainda profundamente apaixonados passado tantos anos. Até que um dia, de súbito, um problema de saúde começa a roubar a presença de espírito de Anne, para desespero de Georges. Com um elenco de luxo, com nomes incontornáveis do cinema francês como Emmanuelle Riva, Jean-louis Trintignant e Isabelle Huppert, “Amor” é uma inesquecível lição sobre o amor e a vida, e como um, sem o outro, parece tão pouco. O filme venceu, em 2012, o Óscar para Melhor Filme Estrangeiro e recebeu quatro nomeações, para Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Guião e Melhor Actriz.
Agora instale-se no sofá e entre no espírito dos Óscares com a Filmin!
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