Greves na CP perturbam circulação entre 8 e 17 de Fevereiro

Trabalhadores da CP e da Infra-estruturas de Portugal pedem melhores salários.

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Circulação de comboios será afectadas pelas greves convocadas por vários sindicatos Daniel Rocha

A CP – Comboios de Portugal alertou esta sexta-feira para “fortes perturbações” na circulação, entre 8 e 21 de Fevereiro, em todos os serviços, devido às greves convocadas por vários sindicatos.

“Informamos que, por motivo de greves, convocadas pelos Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF) e Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), para o período compreendido entre as 00h00 do dia 8 de Fevereiro de 2023 e as 24h00 do dia 21 de Fevereiro de 2023, ocorrerão fortes perturbações na circulação, em todos os serviços, entre os dias 8 e 17 de Fevereiro”, comunicou a CP, em nota publicada no site.

A empresa indicou também que a informação será actualizada caso venham a ser definidos serviços mínimos pelo tribunal arbitral.

“Aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional, será permitido o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe”, acrescentou a CP, lamentando os incómodos causados.

A Fectrans anunciou, no dia 25 de Janeiro, que os trabalhadores da CP e da Infra-estruturas de Portugal (IP) vão estar em greve no dia 9 de Fevereiro devido à falta de resposta às propostas de valorização salarial.

“A direcção do SNTSF/Fectrans em reunião hoje realizada decidiu enviar um pré-aviso de greve à CP, à IP-Infraestruturas, à IP-Telecom, à IP-Património e à IP-Engenharia, para o dia 9 de Fevereiro, com a duração de 24 horas”, lê-se numa nota divulgada esta sexta-feira.

Em causa está a falta de resposta das duas empresas às propostas de valorização salarial.

Para os sindicatos, as propostas entregues “ficam muito aquém” dos valores necessários para que seja reposto o poder de compra dos trabalhadores.