MP pede prisão preventiva para casuals do Benfica suspeitos de crime sexual

Os 13 adeptos radicais do clube da Luz começaram a ser ouvidos esta sexta-feira. Os 16 casuals do Sporting aguardam o desenrolar do processo em liberdade.

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Casuals do Benfica têm ligações ao grupo No Name Boys Hugo Delgado/Lusa

O Ministério Público pediu prisão preventiva para os casuals do Benfica suspeitos de violarem um jovem adepto de 16 anos, confirmou fonte do processo ao PÚBLICO. O caso ocorreu em Abril de 2022 e foi um dos propulsores para a investigação que culminou, na passada quarta-feira, na detenção de 30 adeptos radicais de Benfica e Sporting.

Mesmo em dia de greve dos funcionários judiciais, foi possível começar a ouvir os adeptos no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) de Lisboa esta sexta-feira, prevendo-se que as medidas de coacção sejam apenas conhecidas este sábado. Os 16 casuals afectos ao Sporting, ouvidos em tribunal ainda na quinta-feira, souberam que vão aguardar o desenrolar do processo em liberdade. Estão, contudo, impedidos de ver jogos de futebol nos estádios.

A megaoperação liderada pela Polícia de Segurança Pública (PSP) resultou em dois processos, um para os adeptos do Sporting, com ligações ao grupo Juventude Leonina, e outro para os casuals benfiquistas, com ligações aos No Name Boys.

Dos 29 mandados de detenção cumpridos pela polícia, 13 abrangem adeptos ligados às "águias" e os restantes 16 dizem respeito a elementos afectos aos "leões". A investigação teve início em Abril de 2021, após serem apresentadas duas queixas por roubo.

Os detidos pernoitaram no Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, sendo transportados em diferentes veículos durante a manhã para o Tribunal Central de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa.

A operação desta quarta-feira resultou na detenção de 30 pessoas: 29 no cumprimento de mandados de detenção e um detido em flagrante delito por posse de arma de fogo. Nas buscas domiciliárias, a polícia apreendeu três armas de fogo e mais de 700 munições de variados calibres.

No que diz respeito à apreensão de estupefacientes, a PSP encontrou haxixe correspondente a 6840 doses individuais e heroína correspondente a 1016 doses. Também foram apreendidos vários engenhos pirotécnicos, nomeadamente tochas, very-lights e potes de fumo.

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