José Gardeazabal: “A literatura deve empurrar-nos e puxar-nos para trás e para os lados”
Quando Éramos Peixes é uma história centrada na vida de um casal. Ou talvez na vida de um “triângulo amoroso perfeito”? É o ambiente dos novos tempos trazido sem receio para a literatura. Mas não só.
Quando Éramos Peixes é o mais recente romance de José Gardeazabal — pseudónimo literário de José Tavares (n. 1966) —, o segundo volume de Trilogia dos Pares (romances autónomos que se podem ler de maneira independente). No primeiro, A Melhor Máquina Viva (Companhia das Letras, 2020), o autor parodia o discurso político, confrontando-nos com ele, e ao mesmo tempo que o desconstrói ironizando com os próprios métodos, deixa à mostra os lugares confortáveis, mas periclitantes, em que esse próprio discurso se compraz deixando-se esvaziar de significado. Neste volume mais recente, continua o exercício da ironia e de sarcasmo, mas agora centrando-se na relação de um casal — talvez seja mais correcto dizer: na relação de um triângulo amoroso.
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