Na cabana de M. Night Shyamalan, junto ao fim do mundo
Batem à Porta: M. Night Shyamalan rejubilando com um mundo semi-bíblico, dominado por um justiceirismo sobrenatural, onde a razão é uma blasfémia.
Batem à Porta é melhor — ou enfim, menos estúpido, menos repulsivo — do que Presos no Tempo, o anterior filme de M. Night Shyamalan, mas continua a ser um exemplo de como um cineasta pode ter um certo “olho” para a mise en scène (a orgânica de certos planos, dois ou três, a construção de uma outra sequência, como a inicial) e ao mesmo tempo parecer completamente descontrolado, sem qualquer rumo interessante, e sempre prisioneiro de uma espécie de naiveté infantilista que não é redimida nem por ser (voluntariamente? involuntariamente?) polvilhada por uns temperos de perversidade (política, inclusive).
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