PCP arranca jornadas parlamentares em Beja com olhos postos na ferrovia

Os comunistas vão iniciar as jornadas com uma viagem de comboio de Lisboa a Beja. Trabalhos incidem sobre temas como a produção nacional, o emprego, os direitos sociais e culturais ou a saúde.

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Monumento a Catarina Eufémia com o símbolo comunista em Beja José Fernandes

Nas próximas jornadas parlamentares do PCP, o líder do partido, Paulo Raimundo, apesar de não fazer parte do grupo parlamentar que se deslocará a Beja nesta segunda e terça-feira, já que não tem assento como deputado na Assembleia da República, ao contrário dos líderes anteriores, não deixará de estar presente enquanto secretário-geral no primeiro dia das jornadas dos comunistas, que arranca com uma viagem de comboio de Lisboa até à capital do Baixo Alentejo.

Passados dez anos desde que o PCP organizou umas jornadas em Beja, o distrito foi escolhido pelas suas "diversas potencialidades" nos "sectores produtivos" e no "património cultural", mas também por ter sido votado ao "despovoamento" e ao "desinvestimento nas infra-estruturas" e nos "serviços públicos" às mãos das "políticas de direita", explicou Paula Santos, líder da bancada parlamentar, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.

A "produção nacional, o emprego, os direitos laborais, sociais e culturais" ou a saúde são alguns dos temas que vão nortear os trabalhos. Mas é na ferrovia que o PCP está apostado, "quer no plano nacional", quer ao nível das "necessidades de investimento na modernização da ferrovia em Beja e no Alentejo", afirmou a presidente do grupo parlamentar, sublinhando também a importância do "investimento nas acessibilidades e mobilidades rodoviárias".

Na viagem de comboio até Beja, que parte do Pragal com Paula Santos e Bruno Dias, os deputados têm conversa marcada com organizações regionais de trabalhadores. Já a partir da estação de Casa Branca, onde entrará João Dias, os parlamentares terão um momento de contacto com os utentes.

O programa que se desenrola depois contará com reuniões com a administração do Hospital de Beja e sindicatos locais, encontros com estruturas culturais, a direcção da Cáritas ou produtores de vinho, visitas a creches e às Águas Públicas do Alentejo ou ainda contactos com os trabalhadores da Mina de Neves-Corvo e a população local junto às obras inacabadas da IP8. Mértola, Cuba, Figueira dos Cavaleiros ou Vila de Frades são algumas das paragens.

As últimas jornadas do partido decorreram em Junho do ano passado em Setúbal, onde a inflação, a saúde e a produção nacional estiveram sob foco.

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