Sintonizemos novamente a hora Cliché: uma vontade de fazer, de agitar
Numa cave no Bairro Alto, no início dos anos 1980, abria uma loja de roupa que era também loja de discos e editora. Chamava-se Cliché. Um livro conta a sua história.
Dezembro de 1974. João Pinto Nogueira regressava de Londres, onde vivia expatriado há cinco anos, escapando para poder respirar livremente, fugindo ao destino das guerras em África a que a ditadura condenava a juventude portuguesa. Londres fora a cidade onde estudara Engenharia Mecânica, um espaço de liberdade e efervescência cultural em que ocupava as noites a seguir a música que ali se fazia ouvir no Ronnie Scott’s, no Roundhouse, no Marquee, Roxy Music e Pink Floyd, Rolling Stones e Frank Zappa ao alcance da mão. Voltou para o primeiro Natal pós-revolução.
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