De Medina a Cafôfo. O longo calvário dos políticos investigados que ficam anos sob suspeita

Lentidão dos processos-crime a governantes não se deve ao facto de serem políticos. Relaciona-se com a natureza dos crimes, os meios e métodos das autoridades ou o poder económico dos investigados.

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A duração das investigações do Ministério Público a políticos é frequentemente superior à média DIOGO VENTURA
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Fernando Medina, ministro das Finanças Nuno Ferreira Santos
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Duarte Cordeiro e João Galamba, ministros do Ambiente e das Infra-Estruturas Nuno Ferreira Santos
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Paulo Cafôfo, secretário de Estado das Comunidades Rui Gaudencio

A duração média da fase de inquérito de um processo-crime por parte dos tribunais judiciais de primeira instância era de sete meses em 2021, segundo as estatísticas mais recentes. Mas no caso dos políticos, inclusive com assento no Governo, as investigações do Ministério Público (MP) arrastam-se frequentemente ao longo de anos sem que estes sejam constituídos arguidos ou que se arquive o caso. Complexidade dos crimes, abuso das garantias de defesa e falta de meios do MP são alguns dos factores que explicam a morosidade destes inquéritos, que não se restringe aos políticos, mas se verifica na alta criminalidade em geral, segundo os especialistas ouvidos pelo PÚBLICO.

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