O animal de Luísa Oliveira: “A Cookie tem uma das personalidades mais doces que já conheci”
Conhecê-los é conhecer a relação que têm com os animais. A modelo Luísa Oliveira, mais conhecida por Luisinha, viu na Cookie, a cadela da família, a melhor surpresa que já recebeu.
“A Cookie tinha apenas dois meses quando veio para casa. Além disso, foi numa altura especial, mesmo antes da covid-19. Eu tinha acabado de chegar de Erasmus e foi uma surpresa muito boa. Mal sabíamos nós que íamos ficar em casa tanto tempo seguido, e o facto de termos a Cookie nessa altura acabou por ser uma sorte. Tanto para nós como para ela. Fazia-nos companhia durante o dia todo e nós (eu, os meus pais e a minha irmã), ao estarmos todos em casa, conseguimos dar-lhe uma educação ainda mais dedicada e um apoio maior nos primeiros meses de vida. Agora já tem três anos.
Não foi o meu primeiro animal de estimação. Já tive vários: peixes, tartarugas, hamsters. Também não foi o meu primeiro cão. Aos nove anos, recebi um bulldog francês, o Kimmy, que felizmente esteve connosco até aos meus 19 anos.
A Cookie é uma cadelinha muito meiga, com uma das personalidades mais doces que já conheci. Infelizmente, não é muito sociável com outros cães. É bastante medrosa e como esteve connosco durante a quarentena, não teve muitas oportunidades para se habituar e conhecer outros animais. No entanto, não larga as pessoas. Se lhe fizerem festinhas durante um segundo, já se torna a melhor amiga delas.
É mesmo muito ligada a nós, como se fosse uma terceira filha para os meus pais. Quando estou em casa parece a minha sombra. Uma das minhas características preferidas da Cookie é o quão preocupada ela é connosco: sempre que estou num dia menos bom ou até doente, ela percebe, e se for preciso não sai do meu colo todo o dia, como se estivesse a 'cuidar de mim'. Com a minha mãe é igual. Segue-a para todo o lado. É por isso que penso que quando sair de casa não a vou levar comigo. Acho que a minha mãe não ia aguentar e também que a Cookie será mais feliz ao continuar no espaço que sempre conheceu.
Ela ensinou-me a perdoar facilmente, a dar importância às coisas pequenas e olhar sempre para as coisas boas como uma razão para ser feliz. Também é muito bem-comportada. Não me lembro de alguma asneira que ela alguma vez tenha feito. É muito calma nesse aspecto. A brincadeira preferida dela é atirar um brinquedo, seja ele qual for. Vai buscar para nos dar e ficamos nisto três horas, se for preciso.
Fazemos passeios diários sempre pelos jardins perto do meu prédio, em Matosinhos, ou então costumamos ir até a praia — esses, sim, são os passeios preferidos dela. Às vezes vamos só as duas de manhã, seja Inverno ou Verão, e sabe sempre bem.
Não tenho um animal preferido. Na verdade, acho que não há um animal de que não goste. Embora não seja de estimação, gosto muito de preguiças. Acho-as muito queridas e parece que estão sempre a sorrir.
Por muito que goste de animais, para já não pensamos ter mais animais. Acho que a Cookie ia ter muitos ciúmes. Além disso, com todos os trabalhos que tenho, estou muitas vezes fora de casa, o que não me permite ter um animal que seja apenas meu. Mas espero um dia ter.
Acredito que estes são factores que devem pesar quando se tem um animal. Para além de querer ter um animal de estimação e de estar entusiasmado com todo o lado bom da situação, acho que o mais importante é ter noção se realmente estamos disponíveis para as responsabilidades que ter um animal exige. Seja a nível de tempo, de energia ou de custos financeiros. É um compromisso constante que pode requerer alguns esforços e que assim que começa tem que ser levado até ao fim.”
Depoimento construído a partir de entrevista por email.