A luz ou o silêncio: Nick Cave
Cave tornou-se um entertainer que comercializa afectos?
Ao vivo, encontrei Nick Cave and Bad Seeds duas vezes. Da primeira, guardo instantâneos de um mar revolto de rostos, braços e pernas. De uma atmosfera orgiástica e delirante. De músicos que saídos de uma cortina — que podia ser a da tela de um cinema — investiram com violência sobre a plateia. Ah, e — detalhe fútil e tão inesquecível — de uma garrafa de whisky que passou de mão em mão, de boca em boca, enquanto sobre nós, pobres e jovens fiéis, deflagravam gritos.
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