Ministro não vê razão para vedar às universidades privadas cursos de medicina
Manuel Pizarro apoia novo curso privado, na Universidade Fernando Pessoa, e vê com “bons olhos” a abertura de novos cursos no ensino público para a formação de médicos.
O ministro da Saúde considerou esta terça-feira que “não há nenhuma razão” para que seja vedada às universidades privadas a abertura de cursos de medicina e disse ver com “bons olhos” a abertura de novos cursos no ensino público.
“Não há nenhuma razão para que esteja vedada às universidades privadas a abertura de cursos de medicina. Mas também vejo com muito bons olhos a possibilidade de haver novos cursos públicos, sobretudo em localizações onde a presença desses cursos pode ajudar a atrair profissionais no futuro”, afirmou.
O governante, que falava à saída da sessão comemorativa dos 30 anos do Infarmed, em Lisboa, respondia a perguntas dos jornalistas a propósito da autorização pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) de um curso de medicina na Universidade Fernando Pessoa, no Porto, noticiada pelo jornal PÚBLICO.
Segundo o jornal, trata-se de um mestrado integrado de seis anos que “funcionará em ligação com hospital que a instituição tem em Gondomar”.
Este será o segundo curso de medicina autorizado numa universidade privada, depois do curso da Universidade Católica Portuguesa.
Quanto à necessidade de coordenar as especialidades com as necessidades existentes nos serviços públicos de saúde, o ministro afirmou: “A formação pré-graduada é de natureza generalista, só depois, na pós-graduada, é que faremos um esforço para dotar os serviços da maior capacidade possível de atrair jovens para as profissões da saúde”. “Colaboraremos no limite das nossas possibilidades”, acrescentou.
Sobre a possibilidade de novos cursos de medicina nas universidades públicas, Pizarro disse que tal “está em estudo em várias regiões do país”, apontando como exemplo Évora, Vila Real e Aveiro e sublinhando: “O ministro da Saúde veria com muito bons olhos se essa perspectiva se concretizasse”.