Mulheres no cinema: quando elas estão por trás da câmara

Quando uma mulher se senta na cadeira do realizador, filma-se a verdade em forma de poema – e para o espectador, no fim, difícil é encontrar palavras para descrever a experiência.

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Se tempos houve em que se contavam pelos dedos as mulheres do outro lado da câmara, felizmente hoje isso mudou. E existe um sem fim de nomes de cineastas no feminino que é preciso conhecer – e seguir, sem perder pitada. A boa notícia é que há uma plataforma de streaming perfeita para isso, com uma colecção especial de autênticas obras-primas de mulheres que estão a marcar o cinema: a Filmin.

São filmes imperdíveis, que só podiam estar na plataforma de streaming do “cinema que mudou as nossas vidas”. No canal "Grrrls!" da Filmin há dezenas de filmes onde encontramos desde os “Nomes essenciais”, as obras das mestres Agnès Varda e Jane Campion ou de grandes revelações como Céline Sciamma; “Mulheres na linha da frente”, histórias fortes e incisivas sobre a actualidade sociopolítica contadas no feminino; “The female gaze”, com filmes vários a partir do singular olhar de uma mulher; “Amizade no feminino”, películas sobre as particularidades da amizade das mulheres; “As nossas cineastas”, os filmes das realizadoras portuguesas, e ainda “Directoras de fotografia” e “Montadoras”.

Filmes para descobrir este fim-de-semana

Se o seu conhecimento sobre o cinema no feminino ainda é escasso, a Filmin vai ajudar a acabar com essa falha e a descobrir verdadeiros tesouros da sétima arte. Sugerimos que comece por um clássico: “O Piano” (1993), de Jane Campion. Este é um drama muito peculiar com nomes bem conhecidos como Sam Neill, Anna Paquin, Holly Hunter e Harvey Keitel. “O Piano” conta a história de uma mulher, Ada McGrath (Holly Hunter), que, juntamente com a sua filha de nove anos, Flora McGrath (Anna Paquin), viaja para uma parte remota da Nova Zelândia ao encontro do seu novo marido, de um casamento arranjado, sem saber o que esperar. Com uma dura história de vida, Ada McGrath não fala desde os seis anos, e agora, tudo o que queria era que o seu novo companheiro aceitasse transportar o seu piano para a sua casa. Mas o piano acaba por ser retido em casa de um vizinho, e Ada, incapaz de suportar esta perda, aceita o acordo que este lhe propõe: recuperar o piano tecla a tecla, submetendo-se às suas fantasias.

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“A Ganha-Pão” (2017), de Nora Twomey, é o filme para ver a seguir. Baseado no romance com o mesmo nome, de Deborah Ellis, é um filme de animação arrepiante, que dificilmente irá acabar sem se emocionar. “A Ganha-Pão” conta a história de Parvana, uma menina afegã que vê a sua vida virada do avesso quando, em 2001, os talibãs levam o seu pai preso, a única fonte de rendimento da família. Preocupada com o futuro de todos, Parvana decide fingir ser um menino para conseguir trabalhar e ganhar dinheiro. E nesse novo papel, vai fazer descobertas sobre o seu país e comunidade que nunca imaginava. “A Ganha-Pão” foi nomeado para Óscar de Melhor Filme de Animação.

“Wendy & Lucy” (2008) é a última sugestão para este fim-de-semana. Da realizadora norte-americana Kelly Reichardt, conhecida pelo cinema independente, profundamente centrado na história, “Wendy & Lucy” segue o percurso de Wendy (Michelle Williams) que viaja com a sua cadela Lucy pelos Estados Unidos da América até ao Alasca, onde espera conseguir um trabalho de verão e começar uma nova vida. Um olhar nu e cru sobre os limites do desespero humano e a incapacitante dificuldade de escolher um caminho perante uma encruzilhada, com uma desarmante interpretação de Michelle Williams.

Agora que já sabe onde encontrar o melhor cinema no feminino, ligue-se à Filmin e deixe-se encantar por histórias extraordinárias contadas por mulheres.

Dia de Cinema com a FILMIN (Conteúdo Comercial)

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