Os grandes olhos da Humanidade nas ruínas do Estado Islâmico

A Noiva de Sérgio Tréfaut conta uma história que também nos diz respeito, o destino dos rapazes e das raparigas que se “radicalizaram” e aderiram ao autodenominado Estado Islâmico.

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“A Noiva, história de uma rapariga de origem portuguesa cativa no Iraque como milhares de outras “viúvas” do Estado Islâmico, é a última ficção de Sérgio Tréfaut. Talvez a mais conseguida ficção de um autor que tem consagrado a obra a um permanente vai e vem entre as formas da ficção e as formas do documentário — perante as quais, como diz em conversa com o Ípsilon, a liberdade que sente “é absolutamente a mesma”. Mas “A Noiva” reforça ainda uma característica importante do trabalho de Tréfaut: trata-se possivelmente do mais globetrotter dos cineastas portugueses, em viagem permanente, quase — quase — sem dois filmes feitos no mesmo sítio, ou no mesmo sítio (os filmes “alentejanos”, Alentejo, Alentejo e Raiva, quase um díptico, tanto são uma excepção à regra da variação geográfica como uma confirmação do carácter viajante do seu cinema).

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