Os Correios de Portugal (CTT) anunciaram, em Dezembro, que iriam entregar milhões de postais a desejar bom Natal a vários portugueses e empresas, mas só agora é que os cartões estão a chegar às caixas de correio das pessoas.

A medida tinha como objectivo angariar novos clientes, mas para quem falou com o P3 e recebeu o postal com semanas de atraso e mesmo depois da época festiva, não surtiu efeito.

Célia Almeida, de Oliveira de Azeméis, foi uma destas pessoas. Admite que não costuma ir ao correio todos os dias, mas garante que a carta não chegou antes desta segunda-feira, dia 9 de Janeiro. No seu caso, foi a primeira vez que uma encomenda chegou depois do que seria expectável e, tendo em conta que não eram cartas urgentes, até achou piada.

Reacções como a de Célia multiplicaram-se pelas redes sociais. “Os CTT andam a funcionar melhor, recebi hoje o postal deles a desejar boas festas. Chegou a tempo dos Reis, nada mau”, escreveu uma pessoa no Twitter no dia 5 de Janeiro. “Engraçado que recebi aqui na empresa um postal de boas festas hoje dos próprios CTT. Será já para o ano?”, lê-se noutro comentário.

No caso de Rita Dinis, o postal chegou a 3 de Janeiro, a tempo do Dia de Reis. Como vive em Ponta Delgada, nos Açores, a correspondência "demora sempre mais a chegar", por isso achou o facto curioso, mas não estranhou. "Para as ilhas, os CTT não cumprem os tempos que anunciam, mesmo pagando valores para entregas rápidas”, diz ao P3. Ainda assim, tem o hábito de ir à caixa de correio diariamente e nesse dia não foi excepção.

Em resposta ao P3, os CTT explicam que o envio de cerca de cinco milhões de postais a portugueses e empresas “foi uma iniciativa massiva de comunicação, colocada na rede de distribuição já no mês de Dezembro, numa altura em que tradicionalmente existe muito tráfego”.

A empresa acrescenta ainda que deu prioridade às entregas das cartas e encomendas dos clientes e assumiu, desde o início, que “a distribuição desta campanha poderia ser prolongada até ao início de Janeiro”.

Texto alterado às 12h24 de 13 de Janeiro para melhor clarificação do ângulo editorial. Foi depois incluída a resposta dos CTT.