Tripulantes de cabina votam nova proposta da TAP no dia 19
Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil tem um pré-aviso de greve para o período de 25 a 31 de Janeiro.
Os tripulantes de cabina associados do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) vão votar no dia 19 de Janeiro uma nova proposta da TAP, cujo resultado será determinante para saber se há ou não nova greve entre os dias 25 e 31 de Janeiro (depois da paralisação de 8 e 9 de Dezembro). A assembleia geral (AG) de emergência, convocada pela direcção liderada por Ricardo Penarroias, irá ocorrer num hotel em Lisboa, com início marcado para as 10h.
No dia 9 deste mês, o presidente da assembleia geral informou os tripulantes de cabina que no dia seguinte ia ser entregue um pré-aviso de greve para 25 a 31 de Janeiro, na sequência de decisões anteriores dos trabalhadores e da falta de entendimento com a administração da TAP.
“Apelo, desde já, à adesão de todos para que, mais uma vez, possamos dar nota cabal à empresa da nossa união em torno do descontentamento relativamente às matérias abordadas e deliberadas na AG de dia 3 de Novembro, que constituem as nossas reivindicações legítimas e responsáveis”, afirmou o presidente da assembleia geral, Ricardo Andrade, em comunicado.
“Respeitamos e lamentamos a decisão do SNPVAC e continuamos a fazer todos os possíveis para chegar a um acordo que sirva os melhores interesses do país, dos nossos clientes, dos tripulantes de cabina e da TAP”, afirmou depois fonte oficial da companhia.
Num comunicado enviado no dia 10 aos tripulantes de cabina, a direcção do SNPVAC destacou que “actual administração [da TAP] continua a não querer compreender a revolta e a indignação” dos tripulantes de cabina.
“Sabemos da magnitude da nossa acção e o impacto que tal decisão irá ter na operação, nos passageiros e no próprio rendimento dos nossos associados”, disse o sindicato, acrescentando que a marcação do pré-aviso de greve é “uma decisão tomada de forma séria, baseada numa estratégia fundamentada e avessa a pressões ou impulsividades”.
[Cabe à administração da TAP,] referiu o SNPVAC, “demonstrar aquilo que tanto apregoa, mas que, na verdade, nunca tentou de forma séria: solucionar este diferendo e satisfazer as nossas reivindicações justas e legítimas, percebendo que a paz social tem um valor inigualável.”