O futuro imediato de João Félix vai passar por Londres. O avançado português, há muito à procura de um novo desafio desportivo depois de não ter conseguido impor-se categoricamente em Madrid, vai ser jogador do Chelsea até ao final da temporada, num negócio que, pelo menos para já, representa um empréstimo do Atlético.

Nos últimos meses, as declarações do internacional português e de alguns dirigentes do Atlético já abriam a porta a uma solução fora de Espanha. Porque a relação com o treinador dos "colchoneros", Diego Simeone, nunca foi perfeita, porque o jogador nem sempre teve os minutos que achava que merecia, porque a forma de jogar da equipa não permitira a Félix explanar o seu futebol.

Esta mudança para a Premier League acaba, assim, por resolver parcialmente a questão. Parcialmente, porque o Atlético renovou até 2027 o contrato que o liga ao avançado português, garantindo desta forma uma maior margem negocial numa futura (e eventual) transferência definitiva.

Para já, e segundo valores avançados pela imprensa espanhola, o Chelsea pagará cerca de 11 milhões de euros por meia época de empréstimo. Mas a direcção do Atlético não está disposta a desbaratar um activo que representou um investimento principesco (127 milhões de euros pagos ao Benfica em 2019) e que terá, neste contexto de menor rendimento desportivo, dificuldade em compensar.

No Wanda Metropolitano, em três anos e meio João Félix fez 34 golos em 131 jogos, tendo nessa caminhada sofrido uma lesão que o afastou dos relvados durante três meses, em 2020-21. A relação com Simeone (que também tem perdido créditos junto os adeptos) foi-se deteriorando e a saída tornou-se quase inevitável, com o jogador a procurar agora um desafio diferente na Premier League, competição em que o Chelsea ocupa um modesto 10.º lugar.

"Vou trazer a minha alegria, o meu futebol. Quero que as pessoas gostem de ver o Chelsea jogar. Quero ter bola e jogar com alegria. Desde pequeno assistia aos jogos da Premier League, sempre gostei muito do campeonato", afirmou João Félix, em declarações divulgadas pelos "blues".

O avançado de 23 anos será, assim, o segundo reforço para a frente de ataque do Chelsea, depois da contratação de David Fofana, de 20 anos (ex-Molde), e terá como companheiros no ataque também os credenciados Pulisic, Havertz, Aubameyang e Sterling.