Os biólogos marinhos da Fundación Mundo Marino, na Argentina, devolveram ao oceano duas tartarugas-verdes que foram resgatadas depois de terem sido encontradas presas em redes de pesca. Um dos animais defecava plástico que ingeriu no mar.
As tartarugas passaram um mês em reabilitação no centro, onde foram avaliadas e submetidas a tratamentos de desintoxicação. Segundo a Reuters, os animais realizaram vários testes, incluindo exames ao sangue e raios X para monitorizar a condição do sistema digestivo e pulmões.
A natação também foi analisada “para verificar se estava normal”, explicou Vanesa Traverso, bióloga da fundação.
"São herbívoras, por isso alimentámo-las com algas e uma delas começou a defecar o plástico, felizmente não era muito", afirmou, acrescentando que o mesmo acontece com cerca de 96% das tartarugas que entram no centro.
As duas tartarugas-verdes, classificadas como espécies ameaçadas, foram devolvidas ao mar durante o fim-de-semana, na praia de San Clemente. De acordo com a veterinária Bianca Mancini, no momento do resgate um dos animais "tinha um elevado nível de glóbulos brancos e alguns parâmetros que indicavam um ligeiro grau de anemia". "Tratámo-la com uma mistura de antibióticos, um complexo vitamínico e ferro", acrescentou.
Esta não é a primeira vez que a fundação trata tartarugas que ingeriram plástico, fenómeno que acontece porque o confundem com medusas ou comida, uma vez que o plástico fica rapidamente revestido de algas e microorganismos que servem de alimento a estas espécies. Alguns dos répteis que passaram pelo centro defecaram até 22 gramas de lixo.